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JANAUBENSE QUE É PESQUISADOR DA FIOCRUZ ALERTA PARA O ALTO NÚMERO DE ASSINTOMÁTICOS E A CIRCULAÇÃO DA VARIANTE GAMA DO CORONAVÍRUS
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- ELE ORIENTA PARA O USO CORRETO DE MÁSCARA APROPRIADA E DEVENDO SER TROCADA SEMPRE: “USAR A MÁSCARA NA BOCA E NO NARIZ”
Foto Edvan Barbosa
JANAÚBA (por Oliveira
Júnior*) – A porcentagem de pessoas assintomáticas de COVID-19, ou seja,
indivíduos que estão infectados com o vírus SARS-CoV-2, mas não desenvolvem
sintomas da doença, pode ser mais alta do que se suspeitava. A colocação é do
pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcântara, da Fundação Osvaldo Cruz (FioCruz), para
quem o momento é de intensificar as ações de prevenção, como o uso correto da
máscara apropriada. “Usar a máscara na boca e no nariz”, orienta o pesquisador ao
acrescentar que deve ser feita a troca constante da máscara.
Mineiro de Janaúba, o pesquisador Luiz Carlos Alcântara chama a atenção para uma variante de grande preocupação que é a variante P.1 ou variante Gama, que surgiu em Manaus. O janaubense Luiz Carlos é pesquisador do Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e relata sobre os resultados da pesquisa “Vigilância Epidemiológica e Genômica da COVID-19 de indivíduos em Grandes Áreas de circulação em Feira de Santana”.
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Janaubense Luiz Carlos Júnior Alcântara, Pesquisador da FioCruz, fala sobre a pesquisa que constatou alto número de assintomáticos.Entre os resultados foram
ressaltados a coleta em 1.275 indivíduos com idade entre 18 e 50 anos, forma
pela qual foram detectadas as 180 pessoas infectadas pelo COVID-19 e
classificadas como assintomáticas. Na avaliação do pesquisador janaubense, esse
número é bem alto (superior a 14%), pois esperava-se o resultado em torno de
5%.
A coleta também constatou
122 genomas e uma variante predominante em 100% dos infectados, a P.1/P1.1
(variante de Manaus), que tem como característica a transmissão em 1,7 a 2,4
vezes maior do que as outras linhagens do vírus.
De acordo com Luiz Carlos
Júnior Alcântara, os resultados apontam que nas regiões de grande circulação de
pessoas assintomáticas está sendo carreada basicamente a variante P.1 ou
variante Gama. “Se esses indivíduos assintomáticos estão levando esse vírus sem
saber, estão produzindo mais vírus em uma maior velocidade em comparativo com
quem não tem a variante. Estão liberando mesmo com máscara porque tiram e as
pessoas que estão passando se contaminam, e muitos que estão transitando não
usam máscara corretamente também”, informou ele sobre os resultados e
propagação do coronavírus no munícipio.
A pesquisa foi
desenvolvida no período de 8 de abril a 18 de maio de 2021, através de testes
para detecção do coronavírus em pessoas sem sintomas em locais de grande
movimentação no município, utilizando a metodologia de sequenciamento do RNA
viral para encontrar caracterizações genéticas do vírus. Compreender os casos assintomáticos,
através do reconhecimento de novas variantes do coronavírus e infectados
determinou o intuito da pesquisa.
A pesquisa foi
desenvolvida em parceria com a Fiocruz, Vigilância Epidemiológica e Secretaria
Municipal de Saúde de Feira de Santana (VE/SMFS), OPAS/OMS, Coordenação Geral
de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/SVS/MS) e o Laboratório Central de
Saúde Pública da Bahia (Lacen/BA). (Fonte: UEFS*)
QUEM É O PESQUISADOR LUIZ
CARLOS JÚNIOR ALCÂNTARA
Pesquisador Titular da
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Possui Doutorado em Biologia Celular e
Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz. Possui também dois pós-doutorados, sendo
o último realizado no Instituto Nacional do Câncer, no Instituto Nacional de
Saúde dos EUA. Tem Graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Ouro
Preto, Mestrado em Bioquímica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo.
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