FUNORTE FACULDADES DE JANAÚBA
JANAUBENSE QUE TRABALHA NA IRLANDA, E FOI VACINADA CONTRA A COVID-19, PEDE AOS CONTERRÂNEOS, DE JANAÚBA, PACIÊNCIA E PREVENÇÃO: “VAMOS TER FÉ”
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- “ATÉ AGORA, DESDE MARÇO, NENHUM DOS MEUS PACIENTES PODE DAR UM ABRAÇO NA FAMÍLIA”, RELATA REGINA RAMONY GOMES, DE JANAÚBA, QUE É ASSISTENTE DE SAÚDE EM DUBLIN, NA IRLANDA
- “COMPARTILHAMOS NOSSAS EXPERIÊNCIAS PARA NÃO PERDERMOS A OPORTUNIDADE DE SALVAR MAIS VIDAS”, MENCIONA REGINA, CUJA FAMÍLIA É DA REGIÃO DO DISTRITO DE BARREIRO DA RAIZ
Foto álbum pessoal
Janaubense Regina Ramony Gomes trabalha na área de saúde na Irlanda e foi vacinada contra a Covid-19: ela recebeu a primeira dose da vacina Pfizer-BioNTech.
JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – O momento é de paciência, acreditar e também manter a prevenção. Essas são as recomendações básicas da janaubense Regina Ramony Gomes que atua na área de saúde na Irlanda, país situado na Europa. Ela já foi imunizada contra a Covid-19 e aguarda receber a segunda dose em fevereiro. Essa vacina, na concepção da janaubense, seja uma nova forma de viver.
Imagem pessoal
Janaubense Regina Ramony Gomes trabalha na área de saúde na Irlanda e foi vacinada contra a Covid-19: ela recebeu a primeira dose da vacina Pfizer-BioNTech.Regina Ramony foi
imunizada no dia 20 de janeiro contra o novo coronavírus. Ela tomou a primeira
dose da vacina Pfizer-BioNTech. A segunda dose está prevista para o dia 18 de
fevereiro, em Dublin, República da Irlanda, onde mora e trabalha. Mineira de
Janaúba, Regina é filha do casal de produtores rurais Manoel Cesário e Luzia Gomes Pereira, do Queté, município de Riacho dos Machados. O senhor Manoel
faleceu em dezembro passado (morte natural).
“Vamos pensar positivo”, declarou a Assistente de Saúde Regina Ramony Gomes em contato com o site do jornalista Oliveira Júnior na manhã dessa quarta-feira, 27 de janeiro. Ela atua num dos provedores de saúde mais respeitados de Dublin. A janaubense presta assistência a residentes dessa unidade, principalmente a idosos.
Qual a sensação em ser
imunizada contra essa doença que tem afetado vários países?
A vacina Pfizer-BioNTech que eu tomei, tem uma proteção, após a primeira injeção que atinge 52% de eficácia. Depois, é a segunda vacinação agendada para o dia 18 de fevereiro, a taxa de eficácia chega a 95%. Estou confiante que vai dar certo e que Deus abençoe que a eficácia seja de 100%. E que acaba com essa situação que prejudica o mundo inteiro.
Por atuar na área de
Saúde, na Irlanda, qual a sua recomendação aos cidadãos, principalmente os
moradores de Janaúba?
Eu diria para ter paciência. Se já esperamos até aqui porque não esperar até a vacina chegar. Dias melhores estão por vir! Mas, enquanto isso, se cuidem mais do que nunca. A vacina infelizmente não “cura” e o caminho ainda é longo. Vamos ter Fé, para que dias melhores virão...
Mesmo sendo profissional da área de Saúde, você teve dificuldade para superar o momento angustiante ora em casa, ora no trabalho?
Sim. Nos reestruturamos e nos adaptamos à nova situação. Estamos agindo em conjunto com a calma e a cautela necessárias, que não adianta euforia já que a situação na prática já é eufórica . Quando essa onda de coronavírus passar, poderemos avaliar onde acertamos e onde erramos. Até lá, acredito ser importante, orar todos os dias independente da circunstância é compartilharmos nossas experiências para não perdermos a oportunidade de salvar mais vidas.
Nos relata como tem sido
a rotina da janaubense na Irlanda durante essa pandemia. Teve medo?
Eu tive muito receio. Não saio. Não viajei para o Brasil, para lugar nenhum, e não sei quando vou poder ir, porque a gente tem medo de trazer infecção para o asilo. Mesmo sendo testado toda semana, isso não quer dizer que não podemos pegar o vírus. Mas, acredito que essa vacina seja uma nova forma de viver. E, também, se é para os meus velhinhos terem oportunidade de ver a família... Porque é muito difícil para eles. Até agora, desde março, nenhum dos meus pacientes pode dar um abraço na família. Estamos pensando positivo. Porque sofremos muito e a gente não pode continuar assim.
Fique à vontade para nos relatar a experiência profissional em outro país, distante da família, principalmente nesse período em que o novo coronavírus mudou a vida em vários países, no mundo.
Bom. É inegável que a dificuldade em tudo se temos em nosso país de origem que dirá em outra cultura totalmente diferente e desconhecida, mas falando da experiência que eu tive foi bem complexa e muito aprendizado ao mesmo tempo enfrentando o novo longe da família e apoio material quanto emocional não é fácil. Mas, graças a Deus tudo foi estabilizando e também com ajuda do meu noivo em relação ao idioma que eu tive dificuldade em adaptar fui conseguindo acostumar e pegar o ritmo irlandês. Quanto a pandemia, bom sem palavras. O novo assusta, ainda mais sendo doença e totalmente perigoso e desconhecida. Foi outro recomeço e muitas lutas de adaptações como por exemplo, deixar de estar com os amigos que é uma coisa que gosto e faz muito bem em está com pessoas, novas energias. E sofrer aqui pela morte do meu pai, com lockdown, ou seja, aeroportos todos fechados.
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