- Entre os demitidos estão
196 profissionais da área de Educação
- Em entrevista ao jornal
Estado de Minas, prefeito de Janaúba que a dispensa dos 200 contratados vai
representar uma economia mensal da ordem de R$ 400 mil
Foto Oliveira Júnior
Plenário da Câmara Municipal de Janaúba: reunião ordinária ocorrida no dia 04
de maio de 2020.
JANAÚBA (por Oliveira
Júnior) – No momento em que o sistema local de saúde anunciava o crescimento em
86% no número de casos confirmados da Covid-19 neste municípios nas últimas 72
horas, a Câmara Municipal analisava e votava o veto do prefeito Carlos Isaildon
Mendes (PSDB) na proposição apresentada pelos 15 vereadores pelo retorno dos
servidores públicos demitidos no dia 30 de abril passado (leia AQUI ), nesse período de
pandemia.
Por unanimidade, o veto
do prefeito foi derrubado em plenário na noite desta segunda-feira, dia 8 de junho.
Todos os 13 vereadores que estavam na reunião votaram pela rejeição do prefeito
em não acatar a sugestão do legislativo para que os mais de 200 funcionários
dispensados na véspera do Dia do Trabalhador retornassem aos seus cargos. Entre
os demitidos estão 196 profissionais da área de Educação. ( Servidores demitidos manifestaram em frente à Prefeitura de Janaúba)
Por 13 a 0, os vereadores
derrubaram o veto do prefeito. Os vereadores Luiz Carlos de Oliveira e Paulo
Roberto de Oliveira não compareceram à reunião na noite desta segunda-feira
justificando que por serem do grupo de risco (idade) e decidiram ficar em casa
seguindo as orientações de prevenção ao novo coronavírus. (Demitidos vão às ruas protestar )
Após a votação dessa
noite, a mesa diretoria da Câmara informou que encaminhará amanhã, terça-feira,
dia 9, ao executivo municipal a comunicação sobre a rejeição ao veto. De acordo
com a Assessoria Jurídica da Câmara, o prefeito terá o prazo de 48 horas após o
comunicado da Câmara for recebido pelo gestor ou sua assessoria para sancionar
a lei. Caso contrário, segundo o jurídico da Câmara,
o projeto de lei poderá ser promulgado pelo presidente da Câmara. ( Vereadores criticam o prefeito pelo ato de demissão de servidores no período de pandemia)
Em entrevista ao Estado
de Minas, no dia 12 de maio, o prefeito de Janaúba, Carlos Isaildon Mendes
(PSDB), disse que, em função da paralisação das atividades econômicas por causa
das medidas de isolamento social contra a transmissão do coronavírus, a prefeitura
passou a enfrentar uma grave crise financeira. “A nossa situação financeira é
muito difícil diante dessa epidemia. A realidade de outras prefeituras da
região é a mesma”, afirma Mendes.
Ele disse que a dispensa
dos 200 contratados vai representar uma economia mensal da ordem de R$ 400 mil
para o município (leia AQUI). Em comunicado, a prefeitura de Janaúba justifica que a
dispensa dos servidores contratados foi “necessária para minimizar os impactos
da pandemia aos cofres do município. “Estudos indicam que, com a atual receita
e a queda na arrecadação, o município, a partir do próximo mês (maio), não terá
condições de honrar integralmente com as obrigações da folha de pagamento, que
supera 50% das despesas. Além disso, por conta da já citada queda na receita
municipal, caso não ocorra corte de despesas com folha de pagamento de pessoal,
o município extrapolaria o limite “prudencial” a ser respeitado destes gastos,
conforme previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 51,3%.
Quando este limite é atingido, os municípios devem agir para diminuir essa
porcentagem e, assim, não desrespeitar o imposto pela lei”. (Fonte: jornal
Estado de Minas)
Comentários