- “O risco à saúde é grande,
já que também teve retorno da água do esgoto no banheiro”, alerta a filha
- “O problema é que os
bueiros não conseguem vazão para a água que desce do bairro Dente Grande, acumula
na margem do canal e começa a encher a casa”, alega a moradora
- Casa inundada na avenida
Ecológica fica bem perto do trecho dessa avenida cuja obra está parada há mais
de 10 anos
Imagem divulgação
Situação no interior da residência da avenida Ecológica que foi atingida pela
inundação diante do acúmulo de água na margem do canal.
JANAÚBA (por Oliveira
Júnior) – Construída, ou melhor, com obra parada há mais de 10 anos, para
justamente drenar a água pluvial, a avenida Ecológica não suporta o volume de
água da chuva, como ocorreu na madrugada de ontem, terça-feira, dia 4 de
fevereiro. Resultado: acúmulo de água em sua margem e, consequentemente, a
inundação de casa.
Essa situação foi
vivenciada por uma família que demonstra indignação com o descaso do poder
público quanto à política pública de escoamento de água pluvial. O bueiro na
margem do canal não foi suficiente para a demanda da água da chuva, uma vez que
parte da água do bairro Dente Grande, que fica no alto, desce para o canal da
avenida. A cena não é inédita.
Isso foi na avenida Ecológica
no quarteirão que compreende as esquinas da rua Rio Preto e da avenida Santa
Mônica. Nessa terça-feira, dia 4, por volta de duas horas da madrugada, a
rotina de uma família foi mudada. Ao invés de estarem deitados na cama, os
moradores tiveram que arrastar os móveis e outros objetos, pois a água represada
na margem do canal da avenida avançou pela residência.
“E mais uma vez a casa da
minha mãe ficou alagada”, relatou a filha em contato com o site do jornalista
Oliveira Júnior. Segundo ela, a mãe mora na avenida Ecológica no trecho entre a
avenida Santa Mônica e a rua Rio Preto. “O risco à saúde é grande, já que também
teve retorno da água do esgoto no banheiro”, alerta a filha.
A família até já havia
comunicado várias vezes a prefeitura sobre o problema. “Mas, só dizem que vão
enviar um fiscal”, declarou a filha ao acrescentar que no início deste ano um
fiscal até foi ao local e constatou que os moradores teriam arrancado alguns
meio-fio na margem do canal da avenida e os colocou de volta. Os moradores
justificaram ao fiscal que a retirada dos meios-fios é para aumentar a vazão da
água da chuva cair rapidamente no canal, pois o bueiro não dá conta”.
“O problema é que os
bueiros não conseguem dar vazão a água que desce do bairro Dente Grande, acumula
na margem do canal e começa a encher a casa”, alega a moradora ao lembrar que
antes da pavimentação da avenida havia inundação na via pública, mas nas casas
não.
A filha da dona da casa
que foi inundada informou que nesta quarta-feira, dia 5, e ontem, dia 4, foi na
prefeitura com a intenção de falar com o secretário municipal de Obras, mas não
conseguiu. O secretário estaria em reunião, teria sido a resposta repassada à
cidadã em busca de evitar outra inundação na casa da mãe. “A situação é fácil
de resolver e eles não resolvem”, citou a moradora que completa “já não sabemos
mais o que fazer”.
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