Foto Daniel Versiani
Barragem de Juramento nessa quarta-feira, dia 13 de novembro, com 14% da sua
capacidade: local onde é captada água para abastecer a cidade de Montes Claros.
MONTES CLAROS (por
Girleno Alencar) – O racionamento de água em Montes Claros volta a ser
realizado a partir do próximo domingo, dia 17, com duração de 24 horas. A
cidade foi dividida em cinco polos, sendo que em cada um ficará sem água por
três dias da semana. Parte da população, já convive com o racionamento de água há
cerca de 20 dias. O presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares, se reuniu com
o prefeito Humberto Souto na manhã de terça-feira, dia 12, quando anunciou o
rodízio de água. Porém tanto a Prefeitura como a Copasa esconderam o fato. A
população somente tomou conhecimento depois que o técnico de meio ambiente da
estatal, José Ponciano Neto, postou em site de notícias.
Desde setembro de 2018
que a Copasa suspendeu o racionamento de água em Montes Claros, depois de três
anos, onde em alguns momentos, a população ficou até 36 horas sem água. Na
época, véspera da eleição, as acusações eram que o racionamento foi suspenso
para favorecer politicamente o então governador Fernando Pimentel, que veio a
cidade festejar o assunto. Na semana passada o Jornal GAZETA divulgou com
exclusividade que a Copasa pretendia retornar com o racionamento caso não
ocorresse chuvas até o dia 10. No dia 12, a direção da empresa se reuniu com o
prefeito de Montes Claros, pois a concessão é municipal.
O procurador municipal
Otávio Batista Rocha Machado explica que além de comunicar ao prefeito Humberto
Souto o novo racionamento, o presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares
anunciou que ainda esse mês inicia o projeto para trazer água do rio São
Francisco, na cidade de Ibiaí, até Montes Claros, acoplando a adutora do rio
Pacuí. No mês de janeiro de 2020 será publicado o edital e a licitação ocorre
até junho. No mês de julho será dada a ordem de serviço. As obras começam em
agosto, de 2020, e em agosto de 2021 o novo sistema entra em funcionamento.
O técnico em meio
ambiente José Ponciano Neto, na nota divulgada nas redes sociais, explica que
“diante do longo período de estiagem que vem impactando diretamente a
disponibilidade de vazão das fontes de produções dos Rios do Alfeirão (Lapa
Grande); Porcos; Pacuí; Saracura; Juramento; Canoas e Verde Grande (sazonal) –
os três últimos já secos. O presidente da Copasa Carlos Eduardo Tavares
acompanhado dos diretores de operação e técnico, durante uma reunião com o
prefeito Humberto Souto e o procurador do município, deliberaram o início do
rodízio a partir do dia 17 de novembro”.
Informa ainda que “esta
medida enfoca garantir o fornecimento de água aos moradores da cidade durante o
período crítico. A Companhia está adotando o rodízio como medida emergencial,
portanto, equalizando a distribuição de água nas partes mais altas e baixas.
Foi uma decisão acertada, diante do anseio da população que há tempos vem
implorando para que o rodízio voltasse “dia sim – dia não”, diante dos
desperdícios observados. (Fonte: jornal Gazeta Norte Mineira, dia 14/11/2019)
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