PORTEIRINHA (por Cecília
Oliveira) – Moradora da Fazenda Gangorra, no município de Porteirinha, Aline
Antonyele Barbosa, de 25 anos, viu a sua vida se transformar depois que fez o
curso de Artesanato de Argila e Congêneres, realizado numa parceria do Sistema
Faemg/Senar Minas e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha.
Segundo Aline, devido a
pouca oferta de trabalho onde mora e as dificuldades impostas aos pequenos
produtores rurais em época de seca, ela resolveu investir na produção de
artesanato em argila. "É da venda da cerâmica que vem a maior parte da
minha renda, o que me motivou a me dedicar à profissão de ceramista",
disse.
Ainda segundo ela, não
foi só a renda que melhorou, mas também a sua saúde. Com problemas sérios de
cefaleia, a ceramista disse que depois que começou a trabalhar na produção de
artesanato de argila, nunca mais teve crises de enxaqueca.
O custo de produção das
peças de cerâmica sai quase de graça para ela. A argila, matéria-prima para
produção do artesanato, é encontrada em diversos locais no município. Casada há
poucos meses, ela também tem contado com a ajuda do marido na coleta da argila,
amasso do barro, recolhimento e corte da lenha, e na queima das peças.
Aline disse que nunca
pensou que o artesanato de argila pudesse levá-la tão longe. Ela, que começou
sem muita pretensão, vende toda a produção para revendedores, que buscam a
mercadoria na porta de sua casa. “Não preciso nem me preocupar com a
entrega. Este ano também levei o meu
artesanato para Expominas, em Belo Horizonte, onde nem por sonho eu imaginava
chegar”.
VALORIZAÇÃO DA CULTURA
LOCAL
Sobre a produção das
peças, Aline disse que além das técnicas de produção, ela achou de extrema
importância as orientações da instrutora do curso do Senar Minas, Marciana
Félix, quanto ao resgate cultural. “Temos que produzir peças que mostrem a vida
e cultura regional, com elementos da nossa vivência. A ideia é que, ao ver as
peças, as pessoas saibam de onde se origina o trabalho. Isso é muito
importante, pois além de caracterizar o artesanato, ainda agrega valor financeiro
ao produto”, concluiu. (Fonte: Faemg/Senar Minas)
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