- As
árvores foram eliminadas para não prejudicar o monitoramento da câmera de vídeo
do “olho vivo”
- Há relato de arrombamento de comércio na praça Rômulo Sales esquina com a rua
Belo Horizonte. Detalhe: não haviam e nem tem galhos de árvores atrapalhando esse
campo de visão do “olho vivo”: Esse fato não foi neste ano
- As
câmeras ajudam no combate à criminalidade e até auxiliou na prisão de autor de delitos
- Entretanto, as árvores não são o único empecilho para a
operacionalidade desse monitoramento
- A
demora na manutenção das câmeras já possibilitou que em alguns pontos do centro
o “olho vivo” ficasse dias – e até meses – sem funcionar. O "olho vivo" é administrado pela PM e Prefeitura
Foto
rede social
Praça Rômulo Sales de Azevedo, centro de Janaúba, na manhã de
domingo, dia 8 de setembro, durante o ato de supressão (corte) de árvores.
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – O diretor municipal de Meio Ambiente, Aroldo Roberto
Cangussu, atribuiu à falha na comunicação para o que considerada como uma
celeuma a reação da população diante do corte de árvores na praça Rômulo Sales
de Azevedo, no centro de Janaúba, na manhã de domingo, dia 8 de setembro. As
árvores foram eliminadas para não prejudicar o monitoramento da câmera de vídeo
do “olho vivo”.
Entretanto,
é preciso entender que as árvores não são o único empecilho para a
operacionalidade desse monitoramento, em funcionamento desde outubro de 2014. A
demora na manutenção das câmeras já possibilitou que em alguns pontos do centro
o “olho vivo” ficasse dias – e até meses – sem funcionar (confira AQUI ).
As
câmeras ajudam (leia AQUI) no combate à criminalidade e na prisão de autor de delitos (AQUI também).
Porém, há relatos de casos em que o “olho vivo” deixou comerciantes no
prejuízo, caso de arrombamentos de comércio na praça Rômulo Sales esquina com a
rua Belo Horizonte e no início dessa mesma rua. Detalhe: não haviam e nem tem
galhos de árvores atrapalhando o campo de visão desses dois locais comerciais
que foram “visitados” por ladrões praticamente debaixo do “olho vivo”. Esses fatos não foram neste ano.
Em
entrevista ao programa “Jornal da 89”, pela rádio Califórnia 89,1 FM, na manhã
desta terça-feira, dia 10 de setembro, o diretor de Meio Ambiente da Prefeitura
de Janaúba, Aroldo Cangussu, informou que no dia 27 de junho deste ano o comando
do 51º Batalhão da Polícia Militar de Janaúba solicitou a autorização para a
poda e/ou supressão (corte) de árvores não somente na praça Rômulo Sales, mas
também em mais 30 locais na área central em que estejam obstruindo a plena
funcionalidade do “olho vivo”. (veja AQUI )
A
permissão foi dada e, de acordo com o diretor, somente nesse fim de semana é
que o ato foi iniciado. Calcula-se que a ação de poda e/ou corte afetará em
torno de 100 árvores. Ainda na entrevista, Cangussu reconheceu que a atitude no
domingo, na praça Rômulo Sales, foi de maneira atabalhoada (atrapalhada,
precipitada).
Na
colocação do diretor Aroldo Cangussu fica evidenciado o que o site do jornalista
Oliveira Júnior (veja AQUI ) publicou no domingo, dia 8: faltou comunicação. “Deveria ter
sido feito um programa de aviso para a população e de um esquema de replantio
imediato”, disse o dirigente ambiental na rádio Califórnia FM, em entrevista ao
jornalista Fernando Lucas e ao comunicador Adilson Silveira, nesta terça-feira.
“Mas, isso infelizmente não aconteceu”, acrescentou Aroldo. “Não teve nada de
planejamento”, finalizou.
Apesar
de ter sido autorizado pela Prefeitura de Janaúba, o diretor atribui o ato de
poda e supressão (corte) das árvores diante da demanda da Polícia Militar pela
funcionalidade plena do “olho vivo”(veja AQUI ). Na reunião dessa segunda-feira, dia 9, à
noite, na Câmara Municipal, os vereadores demonstraram indignação com a
eliminação das árvores que davam sombra na praça e questionam o posicionamento
do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) nesse caso.
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