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Oliveira Júnior
Reunião extraordinária de quinta-feira, 1º de agosto, foi no
plenário da Câmara Municipal de Janaúba.
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – Com 20 minutos de atraso, uma vez que os vereadores da
base de sustentação à atual administração estariam reunidos em gabinetes na
Câmara, a reunião extraordinária referente a dois projetos de lei pela
autorização para o executivo contrair empréstimos no valor de R$ 3 milhões
ocorreu na tarde de quinta-feira, dia 1º de agosto. Em minoria, os parlamentares
da oposição articulavam abandonar o plenário diante da demora dos outros
vereadores para iniciar a reunião.
Mesmo
que os oposicionistas, em número de quatro, ausentassem a reunião aconteceria.
Isso porque a chamada bancada de apoio ao prefeito – de 8 a 9 vereadores –
garantia o quórum para a realização da reunião. Vale ressaltar que os
vereadores Augusto Wagner de Jesus (PT) e Sérgio Henrique Coelho (DEM) não
compareceram e os mesmos são tidos como integrantes da bancada de oposição ao
atual gestor.
Na
tramitação e leitura dos pareceres dos dois projetos de lei, diga de passagem,
aprovados pelas comissões permanentes responsáveis para averiguar a
juridicidade e legalidade das proposições, houve embate entre vereadores que se
posicionarem a favor e contra a intenção da atual administração em contrair os
empréstimos, um no valor de R$ 1,8 milhão e outro de R$ 1,2 milhão, junto ao
Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), controlado pelo governo do
estado.
O
prefeito encaminhou os dois projetos de lei objetivando a permissão do
legislativo para iniciar as tratativas junto ao BDMG e com o intuito, caso haja
aprovação por parte da instituição financeira, utilizar o dinheiro na aquisição
de veículos para serem usados basicamente pela Secretaria Municipal de Obras e
Serviço Público e, também, em ações no aterro sanitário.
O
questionamento mais incisivo por parte dos vereadores contrários foi com
relação ao prazo para pagamento dos empréstimos em até 9 anos e meio, sendo que
a primeira parcela deverá ser efetuada pelo próximo prefeito diretamente na
fonte da transferência constitucional, caso do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), que o governo federal repassa todo mês para as prefeituras e
cuja destinação é para auxiliar no pagamento da folha salarial dos servidores
públicos.
Argumento
de um lado, contestação do outro. Apesar do embate entre os vereadores, já era
previsível o resultado pela aprovação dos dois projetos de lei. Dito e feito.
Por 8 votos a favor e 4 contra, os projetos tiveram sinal positivo na Câmara e
foram encaminhados para a sanção pelo prefeito, transformando-os em leis. Nessa
reunião estavam 13 vereadores. O presidente da Câmara, vereador Walter Percídio
de Jesus (PTB) não votou. Conforme o regimento do legislativo, ele só votaria
em caso de empate.
O
detalhe é que quatro dias antes da votação dos dois projetos de lei autorizando
a contrair os empréstimos no valor total de R$ 3 milhões, o prefeito, que é do
PSDB, anunciou em programa numa emissora de rádio que dos 15 vereadores da
Câmara de Janaúba ele tem bom relacionamento com 8 a 9 vereadores.
COMO
FOI A VOTAÇÃO
Votaram
a favor dos dois projetos de lei os vereadores Luiz Carlos de Oliveira, o
Luizão (PTdoB), Valdeir dos Santos Silva, o Valdeir do Leilão (SD), João
Pereira da Silva, o João da Ambulância (PSD), Zacarias de Paula Souza (PSDB),
Gilberto Dias Neves (PT), José Luiz dos Santos Pereira, o Zé Luiz dos Algodões
(PMN), José Tarcísio Mendes (PSDB) e Paulo Roberto de Oliveira, o Pauleca (PRB).
Votaram
contra os dois projetos de lei os vereadores Marcelo Alves Santos, o Marcelo
Enfermeiro (PHS), Ramon Alexandre de Araújo (MDB), Jorge Santos Souza, o
Jorginho Paraguai (MDB), e Adauri Soares Cordeiro (MDB).
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