Foto Paulo
e Galego
Presidente da Faemg, Roberto Simões, recebe do presidente do
Sindicato Rural de Janaúba e da Aspronorte, José Aparecido Mendes, e da
presidente da Abanorte (Associação dos Fruticultores do Norte de Minas), Nilde
Antunes, as reivindicações dos produtores rurais.
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – As reivindicações dos produtores rurais do Norte de
Minas, nesse caso representados pelo presidente do Sindicato Rural de Janaúba,
José Aparecido Mendes Santos, durante a 38ª ExpôJanaúba, começam a surtirem
efeitos positivos. Nesta semana, instituições financeiras e governamentais
deram sinal positivo no que tange a pôr fim às dificuldades enfrentadas pelo
homem do campo.
Durante
a abertura da 38ª ExpôJanaúba, dia 31 de maio, o presidente do Sindicato Rural,
José Aparecido Mendes, teria cobrado dos governos procedimentos que facilitem o
acesso dos produtores às linhas de financiamento, assim como nas renegociações
de dívidas rurais. Outra reivindicação foi a desburocratização na liberação de
licenças ambientais que, em alguns casos, fazem com que o produtor tenha que
aguardar por até 8 anos para obter a liberação. Isso, na maioria das vezes, vem
inviabilizando a produção agrícola.
FAEMG
REFORÇA OS PEDIDOS
O
presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais
(FAEMG), Roberto Simões, que veio prestigiar a 38ª ExpôJanaúba, se prontificou
a reforçar os pedidos dos produtores rurais do Norte de Minas. De posse da
plataforma de reivindicações apresentadas por José Aparecido Mendes, o
presidente da Faemg acionou a Secretária de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento de Minas Gerais, Ana Maria Valetin, e a Ministra da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Correia da Costa Dias, a se
empenharem na solução da demanda dos produtores.
BUROCRACIA:
ESPERA DE 2 A 8 ANOS
No
dia 2 de julho houve uma reunião governamental e na pauta justamente a
solicitação apresentada pelas lideranças ruralistas do Norte de Minas: a desburocratização
do setor agrossilvipastoril. Isso porque, até outubro do ano passado os
produtores conseguiam financiamento apresentando protocolo de solicitação de
outorga de uso de recursos hídricos. Hoje, os bancos estão exigindo a outorga
já aprovada por órgãos ambientais do Estado. O problema é que a definição da
concessão, ou não, está demorando de 2 a 8 anos.
Diante
da reivindicação da classe rural de Janaúba e região, a secretária estadual de
Agricultura, Ana Maria Valetin, e o secretário estadual de Meio Ambiente,
Germano Vieira, estiveram reunidos com o superintendente do Banco do Brasil,
Ronaldo Alves de Oliveira. “Mobilizamos o governo de Minas a autorizar o Banco
do Brasil e outras instituições bancárias para poder aceitar os protocolos de
pedido de outorga de recursos hídricos nos financiamentos de custeio e
investimentos, enquanto o governo não liberar as outorgas definitivas”,
explicou José Aparecido Mendes, que também é presidente da Associação dos
Sindicato dos Produtores Rurais do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha
(Aspronorte).
SEM
ÁGUA, PRODUÇÃO É AFETADA
Nesse
encontro com o superintendente do Banco do Brasil estavam também os deputados
estaduais Antônio Carlos Arantes, Ignácio Franco, Luiz Humberto e Coronel
Henrique. O deputado Antônio Carlos Arantes, que é produtor rural e vice-presidente
da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, vem se empenhando nessa luta dos
produtores mineiros. “Esperamos uma
solução imediata para esse entrave no desenvolvimento econômico e social de
Minas Gerais, principalmente no Norte do Estado, onde sem água é impossível
produzir, pela situação da seca”, comentou José Aparecido.
PEDIDOS
COMEÇAM A SER ATENDIDOS
A
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) apresentou dados surpreendentes
da redução do passivo herdado de licenciamentos e outorgas, bem como o aumento
de mais de 1000% do limite de uso insignificante para bacias de preservação de
água, o que possibilita a outorga pela internet, em menos de 1 dia.
Sobre
o crédito rural, o governo ponderou que a instituição financeira aceite os
protocolos de pedidos de outorga, pois claramente demonstra o interesse do
produtor em regularizar o uso da água. Foi sugerido Termo de Ajuste de Conduta
(TAC) Administrativo, onde os produtores se comprometem, de dois em dois anos,
regularizar a situação. O assunto será levado ainda este mês ao conselho do
Banco do Brasil, para dizer se aceita ou não.
OUTRAS
REIVINDICAÇÕES
Ainda
na plataforma de reivindicações que os produtores do Norte de Minas,
representados pelo presidente da Aspronorte e do Sindicato Rural de Janaúba,
José Aparecido Mendes, apresentaram consta a retomada da obra de tubulação do
sistema de irrigação do Gorutuba, a fim de melhorar a produtividade e qualidade
da produção.
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