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Ana Claudia Mendes/ Inter TV
Veículos pegaram fogo após a colisão na BR-251 no
dia 16 de julho de 2018.
FRANCISCO
SÁ – Oito pessoas morreram num acidente envolvendo 11 veículos na BR-251, em
Francisco Sá, no Norte de Minas, na manhã dessa segunda-feira, dia 16 de julho.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cinco carros, um ônibus e cinco
carretas se envolveram em um engavetamento; o acidente ocorreu na descida de
uma serra. Segundo o Hospital de Francisco Sá, 64 feridos foram atendidos pela
unidade.
Deste
total, seis pessoas foram transferidas para o Hospital Santa Casa de Montes
Claros. Entre elas, um homem de 25 anos que sofreu queimaduras de terceiro
grau, e foi transferido de helicóptero. Segundo a assessoria do hospital, o
paciente respira com a ajuda de aparelhos; o homem teve cerca de 90% do corpo
queimado.
As
demais vítimas chegaram a Montes Claros estáveis, incluindo uma criança de
cinco anos que inalou fumaça. Ainda de acordo com a PRF, das oito mortes, seis
vítimas foram carbonizadas. A rodovia permaneceu interditada nos dois sentidos
e foi liberada na noite dessa segunda-feira. Equipes do Samu, Corpo de
Bombeiros e um helicóptero da Polícia Militar atuaram no resgate das vítimas.
Os corpos dos mortos no acidente foram levados ao IML de Montes Claros.
Dinâmica
do acidente
Segundo
a Polícia Rodoviária Federal, uma das carretas que pegou fogo, carregada com
sal, estava parada no acostamento da via com problemas mecânicos. O motorista
do ônibus envolvido no acidente viu a carreta e reduziu a velocidade, o que
formou uma pequena fila de veículos parados na via, entre carros, uma carreta e
um carro de serviço de saúde, com seis ocupantes.
Ainda
de acordo com a PRF, uma terceira carreta, carregada com melões, não viu que os
veículos estavam parados na rodovia e não conseguiu frear a tempo, atingindo a
traseira do carro do serviço de saúde, que foi arremessado em chamas para fora
da pista; os seis ocupantes morreram carbonizados. A carreta de melões seguiu
atingindo os demais veículos parados e também alguns que vinham no sentido
contrário, deixando mais dois mortos no local; o corpo do motorista ainda não
foi encontrado.
O
motorista do ônibus afirma que a carreta parada no acostamento da via estava no
local desde a noite desse domingo, dia 15. Ele diz que a situação gerou riscos
e contribuiu no acidente, já que os veículos precisavam desviar da carreta
parada. "Tinha uma carreta quebrada desde de ontem. Quando passei aqui
ontem já tinha visto ela. Vindo agora pela manhã, já desci na segurança, desde
lá de cima liguei o pista alerta do veículo. Parou dois carros atrás de mim. A
carreta causadora do acidente, eu vi que ela não ia parar. Quando vi que ela ia
envolver no acidente, eu já comecei a deslocar o ônibus. Ela já bateu, explodindo
e empurrando todo mundo pra frente", diz Sandro Alves.
Segundo
a PRF, as causas do acidente seguem sendo apuradas, mas a carreta parada pode
ter realmente contribuído na colisão dos veículos. Segundo os policiais, o
veículo estava no acostamento, mas pegava uma parte da rodovia. "Foi
horrível a cena que eu vi. Foi Deus que nos abençoou e que nos tirou daquela
situação trágica", lembra o motorista Sandro Alves.
Veja
a sequência do acidente, segundo a Polícia Rodoviária Federal
1-
Havia uma carreta carregada com sal (sacos de 50kg) quebrada na pista;
2-
Ônibus parou para passagem de outro veículo que vinha no sentido contrário;
3
- Três ou quatro automóveis param atrás do ônibus;
4
- A carreta com sal (1 tonelada) parou atrás dos automóveis;
5
- O Fiat Doblô parou atrás da carreta de sal;
6
- A carreta de melões bateu na traseira do Doblô que foi jogado em chamas para
fora da pista;
7
- A carreta de melões bateu na de sal e arremessou os automóveis contra o
veículo de carga quebrado e os outros dois (carregados com cerveja e piso) que
trafegavam no sentido contrário;
8-
Motorista do ônibus, ao perceber a aproximação rápida da carreta de melões,
arrancou com veículo colidindo lateralmente com as outras, com danos materiais,
mas sem que os passageiros se ferissem. (Fonte: PRF, G1 Grande Minas e jornal
Estado de Minas)
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