De acordo com o
sindicato da categoria, prefeitura pagou o salário dos contratados e
comissionados e não sabe quando pagará aos pedagogos e professores concursados
e efetivos
Representantes dos
servidores tentam conversar com o prefeito, mas ele, segundo o sindicato, viajou
e só volta na quinta-feira, dia 21
JANAÚBA (por
Oliveira Júnior) – Escolas municipais fechadas, alunos sem aula. Isso porque os
professores que fizeram concurso e são efetivos estão sem receber o salário de
maio. O pior é que não há previsão para o pagamento dos educadores o que pode
resultar no maior atraso salarial dos últimos anos pela Prefeitura de Janaúba. Esse
cenário acontece em Janaúba, na região da Serra Geral, no Norte de Minas.
Foto divulgação
Ato de protesto acontece em frente à Prefeitura de Janaúba, nesta segunda-feira, 18 de junho de 2018.
Os profissionais da
educação, sobretudo os pedagogos e professores efetivos ainda não receberam o
salário referente ao mês de maio. De acordo com o Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais de Janaúba (Sindijana), a atual administração pagou no
final da semana passada o salário dos funcionários contratados e comissionados
e deixou o pessoal concursado sem o dinheiro.
Diante desse
descaso, os educadores programam um protesto nesta segunda-feira, dia 18 de
junho. Os professores efetivos vão concentrar em frente à Prefeitura de Janaúba
a partir das 15h de hoje e, mais tarde, por volta das 18h, devem seguir em
passeata até à Câmara Municipal onde acontecerá a reunião ordinária dos
vereadores momento em que, os servidores, vão cobrar dos legisladores um
posicionamento rigoroso devido ao que classificam falta de comprometimento da
administração com os profissionais da Educação.
Foto divulgação
Em passeata, professores efetivos cobram do prefeito de Janaúba o pagamento salarial de maio.
A presidente do
Sindijana, Marilea Barbosa, informou na manhã desta segunda-feira, dia 18, que
tentou uma audiência com o prefeito Carlos Mendes no sentido de que ele tome
providências imediatas com relação ao pagamento salarial de maio aos
professores efetivos e ainda se explicar porque preferiu pagar o pessoal que
ele contratou em detrimento dos funcionários que exercem a função por
intermédio de concurso público.
Entretanto, segundo
a representante dos servidores públicos municipais, não seria possível a
reunião com o chefe do executivo municipal. Isso porque, conforme ela foi
informada, o prefeito viajou e só retornaria ao município na próxima quinta-feira,
dia 21. Marilea Barbosa disse ainda que a atual administração não informou qual
a data em que irá disponibilizar o salário de maio aos professores e pedagogos
efetivos. Informação extraoficial aponta que, em princípio, esses funcionários
poderão receber o salário de maio no dia 30 de junho, ou seja, a poucos dias de
vencer a folha de pagamento deste mês, podendo, nesse caso, os servidores
ficarem com atraso salarial de dois meses.
Em resposta ao
atraso do pagamento e também deixar de fora os professores efetivos, os
educadores decidiram paralisar as atividades nesta segunda-feira, dia 18 de
junho. O Sindijana informou que não houve aula hoje nas seguintes escolas
municipais Américo Soares, Anjo da Guarda, Barão de Macaúbas, Carmélia Pires,
Dalva dos Anjos, Emídio Pereira, na Creche Gente Inocente, na unidade escolar
Caiquinho, nas escolas Madre Cândida, Robson Crusoé e Izabel Maria.
Marilea Barbosa
informou que no protesto desta tarde haverá uma assembleia geral em que os educadores
poderão decidir por greve pelo período indeterminado até que o prefeito
regularize o pagamento dos professores e que ainda cumpra o acordo firmado
quando da suspensão da greve ocorrida neste semestre. No dia 21 de março deste
ano o funcionalismo público suspendeu a greve que durou oito dias. Ainda de
acordo com o Sindijana, apenas hoje, segunda-feira, dia 18 de junho – três
meses após o acordo – é que a prefeitura encaminhou à Câmara Municipal os
projetos de lei referentes ao estatuto do servidor e ao estatuto da Educação.
Há risco desses projetos de lei serem votados somente no segundo semestre, uma
vez que em menos de duas semanas haverá o recesso parlamentar de julho.
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