Ofício com a renúncia dos diretores foi entregue a Clesius Geraldo
Freitas Menezes, presidente do Conselho Curador da Fundajan
Segundo João Teago, nos 9 meses da sua gestão de presidente da Fundajan foram
quitadas dívidas de 2010, 13º salário de 2016 e pagamento do 13º salário de
2017
JANAÚBA (por Oliveira
Júnior) – Um mês atrás o clima era de satisfação pelo dever cumprido no que
tange à quitação salarial, inclusive da gratificação natalina referente a 2016
e deste ano. No semblante dos diretores era visível a euforia para novos e bons
momentos na Fundação de Assistência Social de Janaúba (Fundajan), mantenedora
do Hospital e Maternidade Sagrado Coração de Jesus.
Foto Oliveira Júnior
João Donizeti Teago pediu exoneração da
presidência da Fundajan, responsável por hospital e maternidade em Janaúba.
Entretanto, na semana
que se passou, mais precisamente na quinta-feira, dia 21 de dezembro, esse
enredo ganhou outro sentido. A alegria deu espaço para lamentações. Isso porque
a diretoria da Fundajan decidiu por uma renúncia coletiva aos cargos. O
presidente, o vice-presidente, os dois diretores secretários e a contadora
optaram em deixar as funções. Decisão coletiva registrada em cartório.
Ontem, domingo, dia 24
de dezembro, João Donizeti Teago manteve contato com o site do jornalista
Oliveira Júnior explicando as razões por encerrar as suas atribuições no cargo
de presidente da Fundajan. Na justificativa ele não entrou em detalhes sobre o
motivo que levou ele e outros diretores a não mais atuarem na entidade.
Indagado sobre possível interferência nos trabalhos da sua diretoria, João
Teago preferiu enaltecer o empenho dos diretores e da equipe da fundação pelo
pleno funcionamento do hospital e maternidade.
Foto Oliveira Júnior
O
mais antigo em atividade em Janaúba, o Hospital da Fundajan está sem diretoria
desde quinta-feira, dia 21, devido à renúncia coletiva do presidente e outros
diretores.
“Trabalhamos muito e com
muita responsabilidade conseguimos resolver muitos problemas”, explicou o
ex-presidente João Teago ao acrescentar que a metodologia da sua gestão pode
ter incomodado alguém. “Tiramos muitas pessoas de sua zona de conforto e, com
isso, causamos muito descontentamento. Mas, mostramos que com seriedade e
competência é possível termos um hospital eficiente em Janaúba”, completou.
No ofício direcionado ao
presidente do Conselho Curador da Fundajan, Clesius Geraldo Freitas Menezes, o
presidente João Teago, o vice-presidente Danúbio Hudson Caloni dos Santos, o
diretor-secretário Cláudio Henrique Diniz Castro, o diretor-secretário suplente
José Gildásio Damasceno e a contadora Cristiane Soares Souza comunicam a
renúncia coletiva de forma a permitir que o referido conselho possa ditar os
novos rumos.
"Adotamos um plano
de ação com medidas muitas vezes hostilizadas, criticadas, mas todas elas com
vistas a promover a saúde financeira e moral da entidade”, mencionaram na carta
dos diretores que renunciaram aos cargos.
João Teago ressalta que
no período da sua gestão conseguiu regularizar as diversas pendências
financeiras com os fornecedores e colaboradores, com destaque para a liquidação
de débitos do ano de 2010, bem como o pagamento integral do 13º salário de
2016, que se encontrava pendente e foi quitado também o 13º salário de 2017.
Os diretores informam
que no transcorrer do ano foram desempenhadas ações no sentido em reduzir
custos com pessoal e manutenção e também como saldar os inúmeros débitos da
entidade que comprometiam a sua imagem e credibilidade. Segundo
João Teago, isso tem sido possível diante da implantação de medidas que
contiveram, às vezes, o gasto desnecessário e com o intuito de equilibrar
receita e despesa.
João
Teago explica que foi preciso a contenção de despesas sem, contudo, comprometer
a prestação de serviço. Adianta que também tem feito investimento na estrutura
do hospital e maternidade Sagrado Coração de Jesus, caso do terceiro bloco
cirúrgico. No 9º mês de administração da Fundajan, João Teago disse que não tem
sido fácil lidar com as situações adversas. Mas, com apoio dos diretores da
fundação e a colaboração dos funcionários e ainda a ajuda de parceiros, tem
sido possível manter o hospital e maternidade em funcionamento.
Os
diretores da Fundajan ressaltaram que além da contenção de gastos nos últimos
oito meses a entidade vem sanando as dívidas com os repasses de recursos
liberados por intermédio de emendas de deputados e ainda com a recente
liberação de R$ 700 mil pelo Governo de Minas (foi em meados de outubro) de
transferência constitucional e ainda a destinação de R$ 1 milhão pelo Governo
Federal à Fundajan.
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