JANAÚBA
– O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu na Justiça uma liminar
para bloquear R$ 2 milhões em bens do ex-prefeito Yuji Yamada, de dois
ex-secretários municipais Dayane Cristina Souza Rocha (Saúde) e Domingos
Pereira da Silva (Obras) e de dois ex-conselheiros da Fundação Hospitalar de
Janaúba, Maria Gorette de Carvalho e Jonas Adenis Soares. Eles são acusados de
prejudicarem o repasse de recursos ao Hospital Regional de Janaúba por causa de
divergências com a direção da instituição de saúde. O advogado que representa
os citados ainda não informou qual o posicionamento do ex-prefeito, dos
ex-secretários e dos ex-conselheiros a respeito da decisão. ( confira MINISTÉRIO PÚBLICO RECOMENDA QUE DIRETORES DEMITIDOS VOLTEM A ATUAR NO HOSPITAL REGIONAL DE JANAÚBA)
Segundo
apurou a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Janaúba, em
2016, o então prefeito e os na época secretários de Obras e de Saúde do
município, com a participação de dois, na ocasião, conselheiros do hospital,
teriam agido para demitir a direção da instituição, contrária a seus
interesses, e para atrapalhar o repasse de recursos à entidade. “Com isso,
tentaram submeter a autonomia do hospital às vontades do Poder Executivo”,
afirma trecho da Ação Civil Pública (ACP).
Posteriormente,
as demissões foram revistas, após a Promotoria de Justiça expedir recomendação
à prefeitura informando que, de acordo com o estatuto do hospital, apenas o
conselho curador da instituição teria autoridade para demitir os diretores.
“Mesmo não tendo participado diretamente da dispensa, dois membros do conselho,
de modo conspiratório, atuavam nos bastidores, influenciando seus pares,
buscando a substituição da diretoria do hospital”, afirma a ACP.
Segundo
a Promotoria de Justiça, uma das formas de retaliar os diretores teria sido o
não repasse pela prefeitura de recursos para o hospital. Com isso, a instituição
passou a sofrer com a falta de materiais e de medicamentos essenciais a
assistência dos pacientes, o que levou o hospital a reduzir os atendimentos
apenas aos casos de urgência e emergência. (confira MP INVESTIGA POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NO HOSPITAL; )
“Apesar
da situação de extrema gravidade que o hospital vivenciava, beirando a
desassistência à população, a secretária de Saúde não repassou os valores à
instituição porque não quis, uma vez que existiam recursos, mas condicionou a
sua disponibilidade, ao cumprimento de suas ordens dentro do hospital”, disse o
promotor de Justiça que atuou no caso.
Por
exemplo, em duas ocasiões, R$ 330 mil em recursos da União e do Estado teriam
deixado de ser repassados pela prefeitura de Janaúba ao Hospital Regional
devido a recusa do diretor-geral em atender os pedidos dos envolvidos. O
bloqueio dos R$ 2 milhões, segundo a Promotoria de Justiça, são para ressarcir
os cofres públicos de Janaúba e para pagar os danos morais coletivos que os
gestores públicos teriam causado à população do município. (Fonte: Ascom/MPMG,
dia 24 de novembro de 2017)
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