Foto Oliveira Júnior
Contraste na região do rio
Congonhas: córrego de Estiva secou e plantio foi feito em distância inferior ao
permitido.
BOTUMIRIM
(por Girleno Alencar) – Uma cena que impressionou os participantes da Expedição
Caminhos dos Gerais foi como o Córrego de Estiva desapareceu por completo. A
comitiva chegou ao local aproximadamente ao meio dia, quando encontrou sem
qualquer gota de água e sua vegetação seca. Lucas Pereira Alves, do Instituto
Grande Sertão e que exerce a função de ornitólogo, ou seja, que estuda as aves,
afirma que essa situação tem ocorrido nos últimos cinco anos seguidos, com duas
explicações básicas: os danos ambientais aliados a seca que tem afetado o Norte
de Minas nos últimos seis anos. O Córrego Estiva deságua no rio Congonhas.
Foto Oliveira Júnior
Lucas Alves, especialista
em catalogar as aves em região que conhece muito bem.
Outro
aspecto observado por Lucas Pereira é que desde quando retiraram o Pinus e
colocaram o eucalipto que o córrego começou a enfrentar problemas. A situação
da nascente do córrego sentiu ainda mais o impacto, pois foi realizado o
plantio de eucalipto a 10 metros de distancia quando a lei determina uma
distancia mínima de 30 metros. Com a experiência de conhecer a área na palma da
mão, pois seu pai Benvindo Antônio Alves trabalhou durante 27 anos na Usina de
Santa Marta e agora é substituído por sua mãe, Alzira Pereira Alves, Lucas
afirma que a crise da Bacia do Congonhas levou a usina a ser desativada há dois
anos.
A
referida usina foi construída em 1944 pelo então presidente Getúlio Vargas, com
potencial para 150 quilowatts, sendo até então a quinta usina desse porte na
América Latina. Até o ano de 1969 era responsável pelo fornecimento de energia
para a cidade de Montes Claros. Construída pela empresa Minas Energia, a usina
foi repassada a Cemig. Desde quando foi construída sempre esteve em
funcionamento, até que nos últimos dois anos suas atividades foram suspensas. (Fonte:
jornal Gazeta Norte Mineira, edição de 9 de setembro de 2017)
***O
Jornalista Oliveira Júnior fez parte da 5ª Expedição Caminhos dos Geraes a
convite do Instituto Grande Sertão, Fundação Genival Tourinho e da Secretaria
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Montes Claros.
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