- Em 2016, alunos de Porteirinha apresentaram larvicida leguminoso no
combate ao mosquito da dengue
- Neste ano, os estudantes de Porteirinha fizeram estudo sobre o potencial
nutritivo de plantas do cerrado, caso do jatobá
Pelo segundo ano
consecutivo, a Escola Estadual Alcides Mendes da Silva, localizada no município
de Porteirinha, no Território Norte do estado, foi premiada na 18ª edição da
UFMG Jovem. Com o projeto “Farinha nutricional inovadora”, desenvolvido por
estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental, a instituição conquistou o público,
os jurados e o prêmio de escola destaque na área de Ciências Biológicas e
Ciências da Saúde da categoria Ensino Fundamental.
“Sair da nossa
cidadezinha, apresentar nosso trabalho para diversas pessoas e, ainda, ser
escolhido pela comissão, foi muito emocionante. Eu nunca tinha recebido um
prêmio”, declara o estudante Bernardo Medeiros. No ano passado, a escola
garantiu o terceiro lugar geral com a pesquisa “As potencialidades do larvicida
leguminoso no combate ao Aedes aegypti”, orientada pela professora de Ciências,
Jucinéia Fernandes Souza.
Concorrendo com outras
17 pesquisas realizadas por instituições estaduais, municipais, federais,
técnicas e privadas, a Escola Estadual Alcides Mendes da Silva, situada a 591
Km de Belo Horizonte, apresentou um estudo sobre o potencial nutritivo de
plantas do cerrado, bioma característico da região norte do estado.
“Pesquisamos o valor
nutricional do jatobá, do amaranto, do baru e produzirmos uma farinha rica
nutricionalmente e que não altera o gosto dos alimentos”, explica Bernardo,
ressaltando que o produto, introduzido na merenda escolar, pode ser consumido
com iogurte, feijão, arroz, entre outros alimentos, e possui diversos
benefícios para a saúde. “O jatobá, por exemplo, tem muito ferro e previne a
anemia. Já o amaranto ajuda no sistema cardíaco, imunológico, visão e ossos”,
afirma.
Luís Gustavo da Cruz, 12
anos, destaca que o prêmio é um reconhecimento ao tempo dedicado ao projeto e
um estímulo para professores e alunos seguirem investindo em pesquisa.
“É o incentivo para
continuarmos no caminho da ciência, que considero muito interessante, seja na
área biológica, da saúde, novas tecnologias, entre outras. Vamos estudar e
pesquisar cada vez mais para podermos conquistar outras premiações e
compartilhar conhecimento com outras pessoas”, garante.
Reforçando que o
trabalho “Farinha nutricional inovadora” está alinhado ao projeto
“Multiplicadores da Sustentabilidade”, a orientadora e professora de Ciências,
Jucinéia Fernandes Souza, afirma que a premiação consagra a proposta pedagógica
da escola e o empenho dos alunos.
“É a demonstração de que
estamos certos em investir e promover a iniciação científica no ambiente
escolar. Além disso, reafirma que eles podem ser protagonistas e fazer ciência
na educação básica, no sistema de ensino público”, diz. O projeto
Multiplicadores da Sustentabilidade visa disseminar informações sobre adoção de
práticas sustentáveis e preservação ambiental.
Compartilhando da
opinião da educadora, Maria Suserlei Santos, diretora da escola, salienta que o
prêmio pode transformar os estudantes. “Tenho certeza que voltarão mais
entusiasmados em estudar, fazer ciência, investigar e buscar, por meio dos
projetos, construir e compartilhar o conhecimento. A UFMG Jovem inspira e
amplia a maneira como nós, docentes e educandos, vivenciamos o saber”, conclui.
(Fonte: AgênciaMinas)
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