Foto
Ascom/PM
Hermelina Neres Santana, a dona Milu: despedida eterna.
MANGA
(por Fernando Abreu*) – Morreu na manhã desta terça-feira, 26 de julho, Dia da
Avó, a mulher mais velha de Manga e possivelmente do Norte de Minas. Hermelina
Neres Santana, carinhosamente conhecida como Vó Milu, Sá Milu e Dona Milu
estava com 110 anos de idade e morava na comunidade de Brejo São Caetano, neste
município, onde viveu os últimos minutos da sua vida.
Foto
Ascom/PM
Comunidade festeja os 110 anos de dona Milu, a mulher mais velha de
Manga, em maio de 2016.
Remanescente
quilombola, a idosa era uma pessoa tranquila e serena. Dona Milu teve morte
natural. Ela completou 110 anos no último dia 22 de maio, com uma festa simples
mais carregada de emoção e alegria, preparada pela Prefeitura de Manga.
Dois
meses atrás a comunidade esteve em festa para comemorar os 110 anos de dona
Milu. Nessa celebração da centenária houve banda de música, coral Rouxinóis da
Madrugada, coroação, chuva de pétalas de rosas, participação de grupos de
idosos de Manga e também o bolo com a vela de 110 anos.
Foto
Ascom/PM
Mesmo com as dificuldades para superar as adversidades, dona Milu
dizia se sentir feliz por cada ano vivido. Ela faleceu com 110 anos e preferia
a comida feita na hora.
Dona
Milu, já fraca e debilitada, falava com dificuldade, mas disse da alegria que
sentia naquele momento dos seus 110 anos, e que, cada ano vivido era para ela
uma grande vitória.
Dona
Milu teve uma vida simples, de muita luta e trabalho, mas também de muitas
alegrias e disse que chegou a esta idade porque só comia comida feita na hora,
nunca comeu nada requentado.
Teve um
companheiro com quem teve oito filhos, muitos netos, bisnetos e tetranetos – a
família, muito simples, não soube informar a quantidade exata.
Documento
de idade que retrata o período de longevidade de dona Milu.
O
velório de Dona Milu está sendo realizado em sua residência, no Brejo São
Caetano, e o sepultamento será amanhã, quarta-feira, dia 27 de julho, às 9h, na
própria comunidade.
Manga e
o Norte de Minas perdem uma de suas grandes referências, uma mulher que viveu
muito e, numa época de muitas dificuldades, ajudou a construir parte da história
do município manguense e desta região. (*Jornalista e Assessor de Comunicação
da Prefeitura de Manga)
Comentários