FAMÍLIA RECONHECE QUE
O CORPO PRÓXIMO AO TÁXI É DO FEIRANTE DE RIO PARDO DE MINAS, DESAPARECIDO DESDE
O DIA 11
Foto divulgação/internet
Esse é o veículo registrado com a numeração 041 (ainda visível no lado direito do porta-mala) na Associação dos Taxistas de Janaúba e que era utilizado por José Antônio Mendes Chaves.
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – Nesta manhã de quinta-feira, dia 16 de junho, completam
cinco dias que o taxista José Antônio Mendes Chaves, 21 anos, de Janaúba, está
desaparecido. Familiares e amigos, juntamente com a polícia, realizam buscas
pelo Norte de Minas com o intuito de obter informações sobre o paradeiro do
rapaz que saiu desta cidade na manhã de sábado, 11, para levar um passageiro
até à cidade de Rio Pardo de Minas.
No
final da manhã de ontem, quarta-feira, dia 15, o veículo do taxista foi
localizado na zona rural de Rio Pardo de Minas. O carro estava queimado, mas
foi possível identificá-lo. A numeração controlada pela Associação de Taxistas
de Janaúba é visível, mesmo com a lataria ter sido afetada pelo incêndio
criminoso no táxi.
Foto álbum pessoal
José Antônio Chaves, taxista de Janaúba, desaparecido desde o dia 11 de junho de 2016.
MANIFESTO
POR JUSTIÇA
A
informação sobre a localização do veículo coincidiu com o momento do manifesto
que taxistas, familiares e amigos do taxista José Antônio realizavam no
Terminal Rodoviário de Passageiros de Janaúba clamando por justiça e empenho
dos órgãos do sistema de segurança pública em busca do taxista. Haveria uma
passeata em direção ao Fórum desta cidade, distante em torno de 300 metros da
rodoviária. No entanto, o ato foi suspenso diante da informação de que no local
onde o táxi teria sido localizado havia um corpo.
O
site do jornalista Oliveira Júnior e o jornalismo da Rádio Cidade 94,5 FM entraram
em contato com a Delegacia da Polícia Civil de Taiobeiras e com a Polícia
Militar de Rio Pardo de Minas quando então houve a confirmação da localização
do veículo e de um corpo, e que uma equipe técnica da Polícia Civil de
Taiobeiras havia se deslocada para a zona rural de Rio Pardo de Minas.
FAMÍLIA
RECONHECE O CORPO
O
corpo do feirante Gercino da Silva Brito, de 28 anos, foi localizado nessa
quarta-feira, em Rio Pardo de Minas. De acordo com a Polícia Civil (PC), no
local foi encontrado ainda o carro do taxista José Antônio, de 21 anos, que
também está desaparecido.
Foto álbum pessoal
Feirante Gercino da Silva Brito, de Rio Pardo de Minas: corpo reconhecido pela família.
A
PC afirma que a mãe, o pai e a esposa do feirante foram até o local, em uma
fazenda na zona rural, e fizeram o reconhecimento do corpo. Gercino Brito
desapareceu no sábado, dia 11, próximo à sua casa, no bairro Bela Vista, em Rio
Pardo de Minas. Testemunhas afirmaram à polícia terem visto o momento em que
ele foi obrigado a entrar no táxi.
De
acordo com a PC, as investigações para tentar localizar o taxista José Antônio
continuam. Ele, segundo testemunhas, foi contratado para levar um passageiro de
Janaúba até a cidade de Rio Pardo, também no sábado. Desde então, ninguém
conseguiu falar com ele. A Polícia Civil busca também informações para tentar
localizar o assassino do feirante.
TAXISTA
É NOVATO NA ATIVIDADE
“Sempre,
por volta das 11h, minha mãe ligava para ele para saber se era preciso levar
almoço para ele. No sábado o telefone estava desligado e não conseguimos falar
com ele e não tivemos mais informações”, explica Cíntia Mendes, irmã do taxista
José Antônio.
José
Antônio trabalha como taxista há cerca de seis meses na rodoviária, fazendo
corridas, em geral, dentro da própria cidade. “Ele não viajava muito. As poucas
viagens que fez foi para Montes Claros. Ele não conhecia muito a região de Rio
Pardo”, afirma a irmã.
FAMÍLIA
FEIRANTE
“Ele
já estava chegando em casa. Teve pessoas que viram. Estamos recebendo apoio das
polícias Civil e Militar, mas até agora não temos muitas informações”, declarou
a esposa do feirante, Talita Dias de Oliveira, um dia antes do corpo dele ter
sido encontrado e reconhecido pela família.
Pai
de uma menina de cinco anos, Gercino é considerado pela esposa como um homem
tranquilo e sem inimizades. “Ele é um bom esposo, bom pai, amigo de todos.
Sempre fez de tudo para manter sua família. Ele nunca mexeu com ninguém. Nós
não temos dinheiro, então, não sei o porquê disso ter acontecido”, lamentava a
esposa.
Apesar
das poucas informações, Talita diz não perder a esperança em reencontrar logo
com o esposo. “Minha esperança é que ele entre em casa, me dê um abraço e
pergunte pela filha e pela mãe dele. A expectativa é que ele vai me ajudar a
criar a minha filha. Isso que eu mais quero”, teria dito Talita no dia anterior
em que o caso tem fim trágico. (*com informações do G1 Grande Minas)
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