Por
Leonardo Francia*
A canadense Yamana confirmou a aquisição da mina de
ouro Riacho dos Machados (RDM), no Norte de Minas, junto à Carpathian Gold,
também sediada no Canadá. O negócio girou aproximadamente US$ 48,5 milhões (algo
em torno de 170 milhões de reais, cotação de hoje) e o ativo será incorporado
ao portfólio da Brio Gold, subsidiária da Yamana.
A
expectativa da Brio Gold é que o complexo adquirido em Riacho dos Machados
produza 30 mil onças de ouro somente de maio a dezembro deste ano, e que salte
para 85 mil onças do metal em 2017 e atinja 104 mil onças em 2018. A própria
Yamana também anunciou que vai revisar suas projeções de produção de ouro para
os próximos anos. A capacidade nominal do complexo de Riacho dos Machados é de
100 mil onças de ouro por ano, o que equivale a três toneladas do metal.
Já
este ano, a Brio Gold apontará o foco para a otimização da produção e a redução
dos custos nas operações da mina em Riacho dos Machados. Para isso, entre
outras intervenções, a empresa prevê a construção de uma nova unidade de
armazenamento de água no complexo ainda em 2016. A disponibilidade do recurso
era considerada uma limitação para as atividades na mina.
Durante
o pico das obras do projeto, 1.580 trabalhadores, entre contratados diretos e
indiretos, trabalharam nos canteiros de obras. Desde o começo dos trabalhos, já
foram geradas, entre empregos diretos e indiretos, cerca de 2 mil vagas.
Atualmente, aproximadamente 800 funcionários diretos e indiretos trabalham no
empreendimento.
A
concentração de ouro, de acordo com os levantamentos realizados até agora, é da
ordem de 3 gramas por tonelada lavrável. A jazida chegou a pertencer à Vale S/A
até 1997. Porém, em virtude da queda do preço do ouro na época, o negócio foi
inviabilizado e a mineradora desativou a mina.
Depois,
o metal voltou a ser um “investimento seguro” com as crises internacionais,
especialmente a partir da quebra do banco nova-iorquino Lehman Brothers, em
setembro de 2008, que levou à crise de 2009, e mais, recente, à crise gerada
com o rombo fiscal dos Estados Unidos e a crise na Europa. (Fonte: Diário do
Comércio*)
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