JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – O prefeito de Janaúba,
Yuji Yamada, deverá comparecer à reunião especial da Câmara Municipal nesta
segunda-feira, dia 26 de outubro, às 19h, para se explicar sobre a situação
administrativa e financeira da prefeitura, inclusive a dívida de
aproximadamente R$ 5 milhões com o Instituto de Previdência dos Servidores
Públicos Municipais do Município de Janaúba (Previjan). A reunião foi convocada
pelos vereadores e ocorrerá logo após a reunião ordinária que se inicia às 18h.
Além do prefeito, os vereadores convocaram os
secretários municipais José Maria da Silva (Administração, Finanças e Recursos
Humanos) e João Carlos Barbosa Santos, João Coragem (Planejamento) e ainda o
presidente do Previjan, Edvaldo José da Silva. Isso porque já ocorreram
reuniões entre o executivo e o conselho deliberativo e a diretoria da
previdência municipal, no entanto ainda não houve entendimento. O prefeito
propõe quitar o débito em 240 parcelas. O conselho recusou a proposta e mantém
firme de que o parcelamento tem quer ser no período de vigência do atual
mandato do prefeito, ou seja, até dezembro do ano que vem.
Em virtude desse débito com o Previjan, a Prefeitura
de Janaúba está com a Certidão de Nada Consta (CND) suspensa e isso impede a
liberação de recursos e a continuidade de obras. O vereador Carlos Isaildon
Mendes sugeriu que seja articulada a instituição de uma comissão de sindicância
para averiguar a situação da dívida da prefeitura com o Previjan. O vereador
Armando Peninha Batista entende que seja inadmissível que a prefeitura tenha
essa dívida com a previdência municipal. O vereador Adauri Soares Cordeiro
concordou com o posicionamento de Mendes e Batista.
Os vereadores irão questionar o prefeito sobre a
situação do quadro pessoal, assim como farão nova cobrança da administração com
relação ao planejamento de pagamento do 13º salário aos servidores. A Câmara
Municipal enviou ofício ao prefeito solicitando a solução da situação do não
pagamento, por parte da prefeitura, das parcelas do empréstimo consignado do
funcionalismo junto à Caixa Econômica Federal e que, até então, não há uma
resposta concreta.
Yuji Yamada e os secretários José Maria e João
Carlos terão que se explicar sobre a constante atitude da administração de
encaminhar projeto de lei à Câmara e quando a matéria está em tramitação e
discussão ocorre a solicitação do executivo pela retirada do projeto. Para os
vereadores isso é a demonstração de instabilidade na equipe administrativa que,
diante das circunstâncias, demonstra falta de estudo e planejamento quanto ao
encaminhamento de projetos de lei. “O legislativo é independente e merece
respeito”, disse Armando Batista para quem é um afronto que a prefeitura com
mais de dois mil funcionários não tenha uma Procuradoria municipal. (Fonte:
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Janaúba)
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