JANAÚBA (por
Oliveira Júnior) – Já são mais de 12 horas ininterruptas de chuva nas cidades
de Janaúba e de Nova Porteirinha, aqui na região da Serra Geral de Minas. É chuva
fina, às vezes um pouco mais forte, e intensa. Desde o final da tarde de ontem,
segunda-feira, dia 15 de dezembro, até às 11h de hoje, 16, chove sem parar nestas
duas cidades separadas pelo rio Gorutuba.
Esse período chuvoso, permanente desde
a madrugada de sábado, dia 13, proporciona alívio principalmente aos produtores
rurais que ainda poderão recuperar parte da lavoura, prejudicada pelo longo
período de estiagem. Também é motivo de esperança para a população de várias
comunidades até então desprovidas de água. Com a chuva é notória a recuperação
de alguns mananciais.
O site do jornalista Oliveira Júnior
apurou junto ao Instituto Nacional de Meteorologia que nas últimas 24 horas,
quer dizer, entre a manhã de ontem e esta manhã, choveu o correspondente a 57,1
milímetros em Janaúba e o acumulado neste mês é de 97 milímetros, o equivalente
a 47,91% da chuva entre o dia 1º e 18 de dezembro de 2013, quando choveu 204
milímetros.
Foto Paulo Cabral
Rede pluvial na avenida Santa Mônica não é suficiente para receber a
demanda de água da chuva, com isso, como ocorreu na noite desse dia 15 de
dezembro, é inevitável o acúmulo de água na avenida dos Inconfidentes, ao lado
do hospital da Fundajan.
Na cidade, diante
do baixo investimento e até de um planejamento mais eficaz por parte dos
administradores públicos – não somente o atual, mas também os antecessores –
fica evidente a fragilidade do sistema de drenagem, inclusive em Janaúba.
Apesar de ser uma cidade plana, Janaúba apresenta em vários bairros pontos
críticos quanto ao escoamento de água.
Técnicos
da prefeitura, em várias administrações, alegam que os bairros São Gonçalo e
Santo Antônio, entre outros, estão numa “bacia”, ou seja, recebem o volume de
água da parte alta. Isso é o que se pode comprovar nas avenidas Santa Mônica e
Inconfidentes, no São Gonçalo, e na avenida Tancredo Neves, no Santo Antônio,
onde a implantação de drenagem e pavimentação está paralisada desde 2012 diante
de impasse entre a empreiteira e os governos do Estado e federal.
Foto Oliveira Júnior
Em agosto de 2009, a prefeitura e empreiteira implantaram rede pluvial
na rua São Pedro, em frente à rodoviária, onde há uma “bacia”, para escoar o
fluxo de água oriunda da avenida Manoel Atayde, rua São João da Ponte e vias
adjacentes.
Fatos
dessa natureza ocorrem em quase toda a cidade, inclusive na avenida do
Comércio, mais precisamente em frente à igreja Batista, já que não existe rede
pluvial. Resultado: a água fica represada causando transtornos aos lojistas e
até os pedestres que tentam evitar o “banho” indesejado em decorrência do
trânsito de veículos pelo local.
A
construção da avenida Ecológica – obra parada desde 2008 e custeada pelo
governo do Estado – tem como finalidade a drenagem pluvial, pois em época de
chuva ocorria a inundação de parte da cidade, incluindo a escola estadual Oscar
Porto, no bairro Esplanada. O canal dessa avenida foi baseado numa vazão
ocorrida antes dos anos 50 quando chovia forte em Janaúba, além de que o
traçado da referida avenida, que corta vários bairros, dentre eles Algodões,
Casas Populares, Santo Antônio, Saudade, Esplanada, Cerâmica, Padre Eustáquio,
Veredas e Gameleira, era uma vazante do rio Gorutuba. O que falta é o governo
do Estado retomar a obra, paralisada há 8 anos, para que não haja mais
transtornos e nem risco de desmoronamento do barranco que até ameaça várias
casas.
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