Foto Oliveira Júnior
Ricardo José da
Silva, acusado de crime de estupro ocorrido em Janaúba no dia 26 de julho deste
ano.
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – “Estou indo para o ´inferno”. Isso foi o que Ricardo
José da Silva, 22 anos, declarou ao JORNAL DA SERRA GERAL nessa quinta-feira,
dia 14 de agosto, ocasião em que ele foi apresentado pela Polícia Civil como o
acusado de violentar sexualmente uma mulher de 57 anos na avenida Beira-Rio
(BR-122), nesta cidade, no dia 26 de julho deste ano. Preso pela
Polícia Civil na sexta-feira, dia 8 deste mês, Ricardo nega a autoria do crime,
mas foi reconhecido pela vítima e inclusive estava com o chip do telefone celular
da mulher que sofreu o estupro.
Em rápido e pausado diálogo com a
reportagem do JORNAL DA SERRA GERAL, inclusive gravado, Ricardo disse
que está sendo vítima de uma armação. Indagado sobre quem seria o autor dessa
armação ele declarou “quem está me incriminando”, sem mencionar nome. “Estou
sendo preso injusto por um crime que eu não fiz”, respondeu. Sobre a
marca no braço esquerdo (a vítima havia mordido o braço do tarado) ele teria dito que foi em decorrência da mudança que
efetuava da casa do pai dele. Perguntado pela reportagem onde o pai dele mora
ele respondeu que não sabe.
Foto Oliveira Júnior
Condenado a 10 anos de prisão por tentativa de
estupro, Ricardo Silva estaria em prisão domiciliar.
PROVA
DO CRIME
O JORNAL DA SERRA GERAL apurou junto às delegadas de
polícia Márcia Miguel Meira (Crimes Contra a Mulher) e Glênia
Torres Aquino (Crimes Contra a Pessoa), ambas da 3ª Delegacia Regional de
Polícia Civil de Janaúba, que o acusado Ricardo foi preso em casa e no
momento em que entrava no carro da PC ele arrancou o crucifixo que estava em
seu pescoço (a vítima falou que o estuprador usava crucifixo). Outra acusação contra Ricardo é de que ele
tentava negociar um telefone celular, provavelmente o que pertencia à vítima. O
aparelho não foi encontrado
CONDENADO
E EM PRISÃO DOMICILIAR
Segundo informações da Polícia Civil repassada ao SERRA
GERAL durante a coletiva de imprensa, o acusado Ricardo cumpria pena de 10 anos
por crime de assalto a uma farmácia e tentativa de violência sexual contra uma
mulher nesse assalto ocorrido em 2012. A condenação dele foi no dia 7 de agosto
do mesmo ano do crime. Ele estava preso em regime fechado, mas no dia 9 de
julho deste ano teve o benefício da prisão domiciliar (preso condenado que
não pode sair de casa, devido a superlotação do presídio).
A Polícia Civil solicitou à Justiça a prisão
preventiva do acusado Ricardo que é suspeito de outros crimes, inclusive de
violência sexual. O caso da violência sexual contra a mulher de 57 anos foi
investigado pelas equipes de agentes da Polícia Civil de Janaúba e um dos
pontos fundamentais lembrado pela vítima foi o jeito pausado de conversa do
acusado.
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