JANAÚBA
(por Priscila Piotto) – Artesanato com fibra de bananeira, corte e costura,
produção de doces e salgados, além do resgate da autoestima e da autonomia por
meio da qualificação profissional para inserção no mercado de trabalho, foram
alguns dos benefícios do Projeto “Com Licença, Vou à Luta” realizado pelo
Governo de Minas no Norte do Estado. A iniciativa faz parte do Programa
“Travessia” e busca promover a qualificação profissional de mulheres acima de
40 anos, com baixa escolaridade e que vivem em regiões de baixa renda no
estado.
No
Norte de Minas, o programa já capacitou 778 mulheres, de 16 municípios: Campo
Azul, Catuti, Espinosa, Gameleiras, Grão Mogol, Jaíba, Janaúba, Josenópolis,
Manga, Matias Cardoso, Miravânia, Montezuma, Pirapora, Santa Fé de Minas,
Vargem Grande do Rio Pardo e Verdelândia.
O
projeto contou com aulas teóricas e práticas divididas em três módulos:
“Formação de Cidadania”, com carga horária mínima de 30 horas e abordagem de
temas como saúde feminina, segurança pública, meio ambiente e equipamentos
urbanos sociais; “Qualificação Profissional”, em que as participantes tiveram
aulas práticas de gastronomia, artesanato com fibra de bananeira, corte e
costura, estética e informática.
E
“Oficina de fixação do aprendizado” que através da prática possibilita a
vivência do que foi aprendido nos dois primeiros módulos, seja através de
feiras, exposições ou pela inserção nos serviços locais (cooperativa, comércio,
escola, salão de beleza, dentre outros) sendo o segundo e terceiro módulos em
conjunto, com carga horária mínima de 50 horas. Os cursos foram escolhidos por meio
de pesquisa sobre interesse e aptidão das mulheres da localidade.
Em
Janaúba, 109 mulheres concluíram as atividades. De acordo com Rodrigo Freitas
Castro, coordenador do Centro de Referência de Assistência Social (CREAS), da
prefeitura de Janaúba, que atuou em parceria com o Governo de Minas, as
aprendizes tiveram a oportunidade de conhecer a própria capacidade de serem
autônomas por meio da geração da renda. “As mulheres acima de 40 anos que
participaram do projeto puderam conhecer a realidade social na qual estão
inseridas e fazer a escolha pessoal de continuarem trabalhando nos lares ou
conquistar sua independência, sendo inseridas no mercado de trabalho”, afirma.
Para
a costureira Lindaura Alves de Jesus Santos, a participação no projeto foi um
grande estímulo em sua vida e os aprendizados continuam. “Atualmente formamos
um grupo de 18 pessoas que trabalham com corte e costura em uma associação.
Ainda estamos experimentando, desenvolvendo o que aprendemos, mas já
visualizamos um bom futuro de negócios. O curso foi importante para minha
autoestima, além de ser um trabalho que vai gerar renda ao longo do tempo”,
ressalta.
HISTÓRICO
Criado
em 2011, para reduzir as privações sociais identificadas em diversas regiões do
estado, o projeto “Com Licença, Vou à Luta” já mobilizou cerca de 3.000
mulheres, beneficiando 52 municípios. Do total de mulheres que participaram do
projeto, mais de 700 foram encaminhadas para elevarem o nível da escolaridade e
308 hoje geram algum tipo de renda. A iniciativa é coordenada pela Secretaria
de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), na Assessoria de
Projetos Especiais. (Ascom/Governo de Minas)
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