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Secretário estadual adjunto de Agricultura,
Paulo Romano; secretário estadual de Agricultura, Elmiro Nascimento;
secretário estadual para o Norte de Minas, Gil Pereira; e José Aparecido Mendes,
presidente da Aspronorte e do Sindicato Rural de Janaúba.
JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – Numa clara demonstração de descaso público e falta de
atenção com os produtores rurais da região afetada pela seca, o governo federal
e o governo estadual retardaram a liberação do milho para os agricultores
alimentarem o gado que ainda resiste à estiagem em Janaúba e demais municípios
do Norte de Minas. O milho se encontrava estocado em galpões de Janaúba e
Montes Claros, mas a situação era agravante com o homem do campo assistindo a
morte dos animais totalizando a perda de mais de 200 mil bovinos.
Diante desse triste quadro e indignado
com a burocracia governamental, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais
de Janaúba, José Aparecido Mendes, que também é presidente da Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Norte de Minas e do Vale do
Jequitinhonha (Aspronorte), cobrou atitude enérgica do secretário adjunto de
Agricultura de Minas Gerais, Paulo Romano, que é o interlocutor entre os dois
governos e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“É um absurdo essa situação. Produtores
sem o apoio dos governos, os animais morrendo de fome sendo que
o milho esteja estocado em Janaúba e em Montes Claros há mais de uma semana sem
poder ser vendido aos produtores devido à morosidade na assinatura de convênio
entre os governos”, reclamou José Aparecido que também acionou o secretário
estadual de Desenvolvimento para o Norte de Minas, Gil Pereira.
A mobilização do presidente da
Aspronorte e do Sindicato Rural de Janaúba surtiu efeito. O secretário adjunto
de Agricultura de Minas, Paulo Romano, comunicou à José Aparecido na
quarta-feira, dia 9, a prorrogação da data do programa da Conab referente ao
milho subsidiado para pequenos e médios produtores rurais do Norte de Minas até
28 de fevereiro de 2014.
O problema se agravou porque dependia que o governo
federal liberasse a renovação da Portaria 497, que prevê que agricultores
atingidos pela seca em todo país tenham acesso ao milho com preços abaixo do
mercado. Na Conab, a saca de 60 quilos é vendida a R$ 18,00. No mercado, o
valor varia de R$ 35 a R$ 40. Essa burocracia do governo evidencia a falta de
respeito e sensibilidade com a região Norte de Minas e o Jequitinhonha. (Fonte:
Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Produtores Rurais de Janaúba)
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