JANAÚBA
(por Oliveira Júnior) – Com 64 anos de emancipação político-administrativo, o
município de Janaúba já teve três ex-prefeitos que foram presos. Essa façanha
negativa foi elevada na semana passada quando agentes da Polícia Federal (PF)
prenderam o ex-prefeito José Benedito Nunes Neto, delegado de Polícia Civil
aposentado. O site do Jornalista Oliveira Júnior apurou que um gestor
janaubense (já falecido) foi detido em pleno exercício do mandato e outros dois
posteriormente ao governo que eles comandaram.
Além de José Benedito, outro
ex-prefeito que foi preso pela PF é Ivonei Abade Brito (em 2011). O ex-prefeito de Janaúba (2009 a
2012), José Benedito foi preso na terça-feira, dia 2 de julho, em casa, nesta
cidade, sob a acusação de envolvimento em aquisição de documentos falsos para
quitar dívida da Prefeitura de Janaúba com o INSS (Instituto Nacional de
Seguridade Social). No caso deste município foram negociados R$ 1,68 milhão da
prefeitura, segundo a PF e a Receita Federal. Delegado de polícia civil
aposentado e ex-vice-prefeito de Janaúba (2005 a 2008), José Benedito está,
até esta terça-feira, dia 9, recolhido no presídio regional, em Montes Claros.
A prisão temporária de José Benedito (PT) foi
decretada por 5 dias e prorrogada, no sábado, dia 6, por mais 5 dias. O
ex-prefeito de Pirapora, Warmilon Fonseca Braga (DEM), também está preso pelo
mesmo motivo. O ex-prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite (PMDB), está
fora do país, mas também teve a prisão temporária decretada pelo mesmo
envolvimento e, no sábado, dia 6, a Justiça decretou a prisão preventiva de
Tadeu Leite, advogado, ex-deputado estadual e ex-deputado federal. Desde quinta-feira,
dia 4, a página de José Benedito na rede social facebook foi retirada do ar.
EX-PREFEITO
É PRESO
Em menos de dois anos dois ex-prefeitos de Janaúba são
presos pela Polícia Federal. No dia 20 de setembro de 2011, Ivonei Abade Brito
(PSDB) teria sido preso em Montes Claros, onde residia. Ele foi detido junto a
nove pessoas acusadas de envolvimento com fraude em legitimação de terras na
região de Taiobeiras e Rio Pardo de Minas. Naquela ocasião, Ivonei era diretor
geral do Instituto de Terras de Minas Gerais (ITER-MG) desde março de 2011 e o
caso de fraude era investigado desde 2007. Ivonei ficou preso por oito dias. De acordo com
levantamento feito pelo site do Jornalista Oliveira Júnior, o fato da prisão de
Ivonei foi demasiadamente utilizado na campanha eleitoral do ano passado pelos
adversários, mas isso não impediu o bom desempenho de Abade nas urnas e quase
sendo eleito. Ivonei conseguiu mais de 14 mil votos, ficando pouco mais de 300
votos atrás do vencedor Yuji Yamada (PRP) e quase o dobro da votação dada ao
seu sucessor, José Benedito, que não foi reeleito.
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