MONTES
CLAROS – A juíza da Comarca de Pirapora, Arlete Aparecida da Silva Coura,
decretou no final de semana a prisão preventiva (por tempo indeterminado) do
ex-prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite. Ele é acusado de envolvimento
em um grupo que desviava recursos públicos por intermédio de negociação
fraudulenta de precatórios falsos, usados para a compensação tributária de
dívidas dos municípios com a União. Tadeu Leite, que está nos Estados Unidos,
já teve decretada a prisão temporária (por no máximo cinco dias) na última
terça-feira, dia 2 de julho. Ao decretar a prisão preventiva, a juíza
justificou a decisão alegando que o ex-prefeito de Montes Claros refugiou-se
nos Estados Unidos ao tomar conhecimento que a prisão dele seria decretada pela
Justiça.
A
juíza decretou no sábado, dia 6 de julho, a prorrogação, por mais cinco dias,
da prisão temporária de sete acusados pela Polícia Federal de integrarem
organização criminosa que teria desviado mais de R$ 70 milhões de prefeituras
do Norte de Minas.
A
suposta quadrilha é acusada de fraudar licitações para a aquisição de falsos
créditos de precatórios de terceiros para amortização de dívidas dos municípios
com a União, apesar da existência de legislação federal que veda esse tipo de
operação.
Tiveram
a prisão temporária prorrogada o ex-prefeito de Pirapora, Warmillon Fonseca
Braga, o ex-prefeito de Janaúba, José Benedito Nunes Neto, o advogado e
professor da Unimontes e ex-procurador jurídico da Prefeitura de Montes Claros,
Sebastião José Vieira Filho, que cumpre prisão domiciliar; Eduardo Souza
Bezerra, Ademilson Emídio de Abreu, Rosilene Trindade Rodrigues Carias e Mateus
Roberto Carias, esses últimos os donos da empresa que ganhava as licitações
para vender títulos podres às prefeituras, com a promessa de que os papéis
poderiam ser usados para abater dívidas previdenciárias dos municípios com o
INSS.
Comentários