adeus colega!!!!
NOTA DE FALECIMENTO
A Secretaria de Articulação Institucional e Comunicação (SECOM) cumpre a dolorosa obrigação de comunicar aos companheiros de imprensa e aos seus inúmeros amigos o falecimento do jornalista, advogado e teatrólogo Reginauro Rodrigues da Silva, aos 62 anos de idade, ocorrido nesta segunda-feira (21/05) à tarde em seu local de trabalho, na Prefeitura de Montes Claros, onde ocupava o cargo de Assessor especial de Gabinete. Reginauro sofreu uma parada cardiorrespiratória. Equipe médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) tentou a reanimação por cerca de 50 minutos, sem êxito.
Nascido em Almenara em 18 de janeiro de 1950, Reginauro Silva foi um dos mais profícuos profissionais da imprensa montes-clarense, cujo trabalho jornalístico norteou e continua a nortear muitos daqueles que tomaram para si a responsabilidade de bem informar e ajudar no progresso e desenvolvimento de nossa cidade.
Poucos companheiros de imprensa tiveram tão vasto curriculum. Reginauro Silva foi repórter do O Jornal de Montes Claros e do Diário de Montes Claros, repórter e editor-chefe do Jornal do Norte, correspondente de O Globo na região, redator da Rádio Educadora de Montes Claros, repórter do Diário de Minas, editor-adjunto de polícia do Jornal Hoje em Dia, free-lancer da Revista Veja, O Indicador Rural, Agência Efe, Gazeta Mercantil, Revista IstoÉ. Recentemente, editou o Jornal O Norte de Minas. E foi fundador do Jornal do Povo, um mural com notícias diárias da cidade.
Como teatrólogo, Reginauro Silva ajudou a divulgar a arte de representar e brindou Montes Claros com um dos seus textos mais criativos, uma homenagem à cidade que tanto amou: “Montes Claros, a Formiga que queria ser Cidade e virou Princesa”. Também é de sua lavra “Seu Marido Sabe que Você tem Outro Homem?”, primeiro trabalho do ator gorutubano Jackson Antunes antes de estrear na Rede Globo.
***
Quem
conheceu Reginauro sabia do seu amor pelas palavras, pela notícia, pelo
jornalismo. Quem trabalhou com ele, não esquece os ensinamentos e por isso, o
jornal O Norte, que teve a honra de tê-lo como Diretor de redação e editor faz
uma justa e merecida homenagem, através dos depoimentos de quem conviveu com
ele.
Eterno
respeito
A
vida nos prega peças. E a morte do jornalista Reginauro Silva me pegou de
surpresa.
Os
caminhos e descaminhos da vida nos fizeram parceiros na criação do jornal
Opinião que logo depois se transformou no atual jornal O Norte. Naquela época,
fizemos uma ideia virar realidade, fizemos história em Montes Claros. Fomos protagonistas. Temos muitas páginas escritas juntos. Muitas
delas, cheias de criatividade e de ousadia. Aliás, estas duas características
sempre sobravam em Reginauro. Foi por isso que o Jornal O Norte de Minas se
solidificou como um dos melhores jornais do interior do estado, e certamente já
faz parte da nossa história, que ele tão bem ajudou a escrever. O Jornal O
Norte nasceu com a proposta de servir, ouvir e dar voz a comunidade. Por esse
motivo escolhemos juntos, o slogan: “O jornal que escreve o que você gostaria
de dizer”.
Apesar
de estarmos distantes, politicamente, nos últimos tempos a nossa amizade
permaneceu, o respeito mútuo também.
Por
isso, vá em paz, caro amigo e obrigado pelo tempo que caminhamos juntos. Esse
tempo ficará para sempre.
Ruy
Muniz
A
triste partida
A
cidade de Montes Claros está de luto. Morreu o dramaturgo e crítico literário
Reginauro Silva. Morreu o confrade que ocupava com méritos a Cadeira número
onze do egrégio Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros. Ele tinha
como patrono o ilustre jornalista Ary Oliveira. Na Revista do Instituto, volume
VII, Reginauro Silva participou com o texto Encontro Cadavérico, quando foi
muito elogiado pela imprensa local. Há um silêncio profundo na imprensa
montes-clarense. Um silêncio de respeito e de gratidão.
Agora,
choram os sinos; choram os hinos; choram os meninos. O palhaço tem o sorriso
triste e a boca de palco sequer soletra uma única palavra. Na noite, um vulto
perambula abatido, desmedido, bandido das horas mortas em busca da Viadagem.
Reginauro Silva, num último suspiro de dor e saudade revela-nos a incerteza dos
nossos projetos. A Formiga que queria ser cidade e virou princesa jamais
pensaria num momento deste: de morrer. Certamente que as melhores lembranças
deste grande homem ficarão para sempre gravadas na história de nossa cidade.
Reginauro Silva foi um construtor da cidade de Montes Claros. Dinâmico
jornalista, ele prestou os serviços mais importantes na imprensa local em
beneficio de sua terra e de sua gente. Hoje ele nos deixa. Lágrimas, soluços e
choros serão incontidos no momento de sua despedida. Adeus, amigo! Requiescat
in pace!
Dário
Cotrim
Mestre
Um
mestre, um amigo e um jornalista espetacular. Neste momento as palavras somem,
mas ficam marcados os momentos que tive o prazer de compartilhar ao seu lado,
por quase dois anos, na editoria de O Norte.
Quanta
correria para conseguirmos a melhor manchete e as madrugadas nas eleições. Mas
o resultado valia a pena, quando no outro dia a edição se esgotava.
Tenho
a certeza que Régis estará embalando, a partir de agora, as estrelas como quem
embala um grande filho.
Mellissa
Mendes
Singular
Reginauro,
com certeza já garantiu o seu espaço na
história de Montes Claros. Ele contribuiu, de forma singular, para o
crescimento da imprensa local e porque não dizer, regional, já que era uma
pessoa voltada para os acontecimentos do Norte de Minas. Tristeza é grande, mas
, um dia passa. Em seu lugar ficará a
saudade e com ela a imagem forte deste grande mineiro.Vai se juntar aos
grandes, meu amigo.
Fabiana
Carneiro
Planos
Reginauro
Silva foi o meu Mestre. Regi, como eu gostava de chamá-lo, me incentivou a
enveredar pelos caminhos do jornalismo. Foi meu editor nos cadernos de Opinião
e no Jornal O Norte, cadernos que ele sempre editou com competência. Ainda
acadêmica, comecei escrevendo para o Opinião. Logo depois, comecei a escrever
matérias para as editorias de polícia, política, cidade e saúde para o Jornal O
Norte, onde aprendi muito. Muitas dessas matérias, de cunho investigativo. Eu
sempre brincava com Regi, dizendo que ele era o meu segundo pai. Na manhã desta
segunda-feira, tomamos café juntos, na Rádio Unimontes. Falamos de seus planos
para lançar o jornal on line - A
Provínia - em papel impresso. Mas, infelizmente, no meio da tarde fui
surpreendida por esta triste notícia de seu falecimento.
Regi,
onde quer que você esteja, saiba que sou grata a todos os seus ensinamentos. O
principal deles, jamais esquecerei: aprofunde e apure a notícia que for
divulgar porque a notícia crua todos dão. Faça o novo.
Gissele
Niza
O
silêncio do Guerreiro
A
morte é mesmo uma coisa estranha. Assistimos pela televisão a cenas trágicas,
reais e fictícias, o tempo todo. Choramos e acalentamos o choro de pessoas que
perderam entes queridos, mas nunca estamos preparados quando o dia fatídico
chega para alguém próximo a nós.
A
morte de Reginauro Silva me leva a essa reflexão. Não importa o plano que
fazemos, o quanto evitamos situações de risco, se fazemos check-up ou não, nada
adianta. Quando a hora chega, interrompe tudo, sem mais nem menos. Simplesmente
põe fim a uma história. E é ainda mais difícil perder alguém cheio de energia,
de vigor, de vida.
Na
verdade, a morte é uma violência que açoita a alma. Por isso precisamos viver o
desapego das coisas fúteis e inúteis, perdoando sempre, amando sempre.
Reginauro
Silva foi uma pessoa determinante na minha profissão. Ao lado dele dei os
primeiros passos no jornalismo, com ele aprendi a escrever minhas primeiras
crônicas, a analisar criticamente o que só poderia ser visto nas entrelinhas.
Dele
me despeço com pesar, mas com a certeza de que conheci um homem que escreveu
uma grande história, e que me permitiu, em algum momento, fazer parte dela, o
que muito me orgulha.
Aos
familiares de Reginauro, meu desejo é que Deus lhes dê acalanto, força e
proteção nesse momento difícil.
Com
os colegas de imprensa compartilho o luto de quem perde um bravo guerreiro,
numa batalha às vezes inglória, que é tecer diariamente o fio da história.
A
Reginauro Silva, minha gratidão.
Jerúsia
Arruda
Bagagem
cultural
Conheci
pessoalmente Reginauro Silva quando retornei a Montes Claros, em 2003, para
ministrar aulas no curso de Jornalismo, da Funorte. Reginauro era responsável
pela edição e coordenação do periódico de artigos, resenhas e críticas Opinião
- que logo se transformou no jornal O Norte de Minas.
Convivemos
no espaço da faculdade e nos encontrávamos nas reuniões e eventos jornalísticos
da cidade - comemorações, discussões sindicais e encontros pela construção da
Casa da Imprensa do Norte de Minas.
Dono
de um texto limpo e direto, amparado pelo conhecimento da língua portuguesa e
pela ampla bagagem cultural, Reginauro esteve sempre aberto para a participação
dos estudantes de jornalismo nas páginas d’O Norte.
Posso
afirmar que ele foi um dos mestres do jornalismo montesclarense.
Elpidio
Rocha
Protagonista
A
primeira vez que levei um texto para Reginauro Silva avaliar para uma possível
publicação no jornal O Norte, fui tomado de surpresa quando ele, imediatamente
o salvou e fez a proposta de inaugurar uma coluna minha sobre política.
Tenho
tido sorte nessa vida quando se trata de pessoas que me deram oportunidades. E
Régis, sem dúvida, foi o primeiro a valorizar aquilo que eu pensava, escrevia e
queria, um dia, ver publicado.
Reginauro
Silva foi um dos grandes jornalistas que essa cidade já conheceu, uma das
melhores pessoas com as quais eu convivi nessa, que é uma luta inglória. O
jornalismo não paga bem (não conheço jornalista rico), mas dá visibilidade ao
seu nome, ao mesmo tempo que dá oportunidade para os que não gostam de você
tentarem te difamar.
Com
o nosso Régis, felizmente não foi assim. Respeitado e considerado por todos,
nos deixa em um momento tão importante para a cidade e para a cultura, berço
esse no qual foi um protagonista de primeira grandeza.
Recentemente
encontrava-se muito feliz, pois adquirira uma casa financiada, isso depois de
ter trabalhado tanto, de ter lutado tanto. A sua condição econômica é
testemunha da sua lisura, do seu respeito e da sua conduta diante da vida.
Vai-se
o homem, fica o seu legado.
Marcelo
Valmor
Defensor
da liberdade de imprensa
A
busca contínua pela informação e o direito de informar pautou a vida do grande
mestre do jornalismo, Reginauro Silva. Um lutador pela liberdade da imprensa.
Foi um incentivador e descobridor de talentos, valorizando quem começava na
carreira. Eu fui um destes. Foi ele quem me abriu as portas do jornal O Norte,
apostando na nova ideia de transmitir as informações publicadas no impresso,
também para a internet. Com ele tive a honra de trabalhar por 5 anos. Período
de rico aprendizado. Criador da frase Quem é que sabe?, namorador, autor do
livro As 74 mulheres que eu amei, até agosto de 1998, e todas as seguintes,
teatrólogo, advogado, jornalista, amigo, parceiro. Deus reservou um lugar
especial a ele. Vai fazer falta.
Guardo
gratidão pelo incondicional apoio para o meu crescimento profissional. Meus
sentimentos à família.
Regi,
sem você será mais difícil, mas aceito dar continuidade à sua missão de lutar
pelo bom jornalismo.
Luís
Alberto Caldeira
Aplausos
Não
queria escrever nada, absolutamente nada sobre a morte de Reginauro Silva.
Neste momento, ainda zonzo com a notícia, estou de mal dele, do mesmo jeito que
fico de mal de todos os que amo e que, de repente, sem explicação alguma, me
abandonam e me deixam aqui, falando sozinho, neste vale de lágrimas.
Regim
não tinha o direito de fazer isso comigo, com seus amores, com seus amigos e
com os seus inimigos, ele que ainda era tão jovem pra fazer essa viagem.
Prefiro lembrar-me de nós dois ainda jovens, esbeltos e bonitos, sem
carregarmos a prata nos cabelos e as panças proeminentes de agora,
entrevistando Chico Preto, o temido macumbeiro da cidade, (o que causaria sua
demissão sumária do Jornal de Montes
Claros) e Manoel Quatrocentos, o Carlitos mais ensandecido e mais poético da
nossa Montes Claros. Acabo de conversar com meus irmãos Tino Gomes e Eduardo
Lima, que eram irmãos dele também e que estão também entristecidos em Belo
Horizonte. A gente tenta se amparar e se consolar telefonicamente, mas a dor da
ausência de Reginauro Silva é maior que nossos lamentos.
Kardec
anda me ensinando muitas coisas nos últimos anos. A principal é a fé
consoladora que me permite encarar e aplaudir Reginauro Silva na sua última
encenação, agora que as cortinas se fecham, na boca de cena e no teatro que ele
tanto amava não pra dizer-lhe adeus, mas, sim, um até breve. É só isso que
consigo dizer agora porque sei, como Guimarães Rosa alertava, que a vida é um
descuido prosseguido e mais cedo ou mais tarde, ao lado do anjo Olinella,
Reginauro Silva haverá de nos aguardar, solidário e risonho na imensa, radiosa
e monumental porta de Passagem.
Georgino
Júnior
Meu
eterno professor de jornalismo
É
com extrema tristeza no coração que escrevo este, que sem dúvida, é o meu mais
difícil texto para o jornal O Norte de Minas, desde o seu inicio. A morte do
amigo, irmão e meu professor de jornalismo, Reginauro Silva, de 62 anos, pegou
a todos nós de surpresa, na tarde de ontem (21). Estava em uma reunião de
trabalho, quando recebo um telefonema do amigo- irmão jornalista, Luis Alberto
Caldeira, que chorando me transmitiu a triste notícia do falecimento do amigo
Regis Silva.
A
notícia me fez voltar no tempo. Era o ano de 2002, e o professor e empresário
Ruy Muniz apresentou aos acadêmicos das turmas de comunicação social –
habilitação em jornalismo da Funorte, Reginauro Silva. A ideia inicial era
criar um jornal laboratório. Foi quando surgiu o Opinião e Regis era o diretor
de redação e editor do referido jornal, que oportunizava a acadêmicos da época,
Samuel Nunes, Gissele Niza, Heberth Halley, Cínara Dreide, Fernando Abreu,
Larissa Teixeira, Valeria Borborema, Samarone Xavier, Elisângela Santos e
outros tantos, darem os primeiros passos no jornalismo impresso em Montes
Claros.
Um
dia, este aprendiz de jornalismo, teve a iniciativa de procurar Reginauro
Silva, quando foi prontamente recebido e
mais, sai do encontro com a oportunidade de ingressar no impresso. A primeira
pauta a mim dada pelo Reginauro Silva foi em dezembro de 2002, matéria intitulada
por ele: Falta pouco para a abertura do
shopping popular. Aquele foi um momento emocionante na minha vida. Vi ali, uma
oportunidade de crescimento enquanto acadêmico. Mas, naquele tempo, eu não
sabia nem mesmo ligar um computador. Sou de origem humilde e meus pais não
tinham condições de adquirir um computador para facilitar minha vida na
faculdade. Conversei com Reginauro e de maneira compreensiva, ele aceitou que
eu entregasse esta e outras matérias escritas a mão mesmo.
-
Vou receber as suas matérias no papel mesmo. Faz o texto que vou dando um
jeito. Mas você tem que aprender logo a trabalhar com o computador, me
aconselhou.
Segui
seu conselho estritamente e só ganhei com isto.
E
foram anos e anos de convivência diária no O Norte de Minas. Inicialmente Regis
me colocou na editoria de Economia, depois Cidade e por último, Política, onde
fiquei até dois anos atrás. Foi dele, inclusive, a ideia da minha coluna sobre
Política.
Regis
fará falta, muita falta mesmo. Estou com a consciência tranquila, pois ainda em
vida, e por várias vezes, agradeci a ele pela oportunidade a mim concedida.
Elogios, puxão de orelha, brincadeiras na redação.
A
despedida é um momento de tristeza , em que corações se preparam para viver uma
saudade. Diz certo ditado, e a saudade, caro amigo leitor, bate forte no peito.
As lágrimas já saíram em demasia, não querendo acreditar na morte do ícone do
jornalismo local. Mas Deus nos concede a força necessária para enfrentarmos
este momento triste.
Montes
Claros acorda triste nesta terça-feira (22), e o seu blog, A Província, que
Reginauro tanto gostava não deu a noticia do falecimento do seu criador. É a
vida...
Aos
parentes, que Deus os console, aos amigos fica o exemplo de um profissional
dedicado à profissão, ousado e criativo.
Enfim,
o mais triste de uma despedida é a incerteza de uma volta. E mais: talvez o
único fato que me dói mais que dizer adeus, é não ter tido a oportunidade de me
despedir de você.
Samuel
Nunes
Meu
eterno editor
Reginauro foi literalmente o Mestre do Jornalismo
montes-clarense. Ele deixa um legado de repórteres lançado por ele,
principalmente, em o jornal O Norte e no Opinião, onde ele foi o editor chefe.
Foi sem dúvida, meu grande editor, da qual pude aprender muito.
Sabia
escrever de uma forma genial. Era um jornalista respeitado por todos,
sobretudo, pelo jeito de escrever. Era um dos poucos que sabia extrair de um
fato pequeno, uma grande matéria. Sabia se expressar de forma sutil e falar nas
entrelinhas, como poucos jornalistas. Não tinha medo de falar a verdade. Se
tinha que colocar uma nota, fazia sem medo do que pudesse acontecer.
Na
seção de homenagens da formatura da turma de jornalismo de 2007, recebeu
inúmeros elogios do renomado jornalista Neumar Rodrigues, da TV Globo e Record.
Foi
criador de várias frases, a mais marcante delas: Montes Claros - cidade da arte
e da cultura. Só tenho a agradecer a Regi pelo carinho, ensinamentos, dedicação
e atenção durante os sete anos e seis meses de convivência diária na redação do
Jornal Opinião e O Norte.
Estou
extremamente triste por saber que foi embora um grande amigo, que será pra
sempre o verdadeiro mestre do jornalismo.
Que
Deus te proteja mestre.
Fique
em paz!
Heberth
Halley
Ao
mestre com carinho...
Assim
eu defino esse grande homem que foi o jornalista Reginauro Silva. O mestre,
como eu o chamava, sempre atento a tudo que acontecia, sobretudo, detalhes
minuciosos sobre os bastidores da política local.
Regi
foi, mas o carinho e a atenção com que
tratava seus colegas vão ficar imortalizados na memória daqueles que estiveram
ao lado do grande jornalista. Ao seu lado, mesmo em tão pouco tempo, quando a
vida e o destino cuidou de nos apresentarmos, vivi a mais conceituada experiência do mundo
jornalístico. Ele foi, mas sua lembrança vai ficar pra sempre na memória de
todos. Que Deus conforte a família e amigos.
Rubens
Santana
Desbravador
Reginauro
foi um marco para a cultura de Montes Claros e para a história da imprensa. Ele
foi um desbravador em nível de cultura, pois foi influenciado por esta veia
artística que o prefeito Toninho Rabelo instalou o Centro Cultural em 1979. O
centro cultural foi inaugurado com uma de suas primeiras peças teatrais A
Formiga que virou Cidade que falava sobre a nossa história. Na imprensa, sua
contribuição foi enorme. Foi ele quem ousou criar uma imprensa independente.
Fez um trabalho grandioso e deixa uma lacuna. Tenho alegria de ter aprendido
com ele. Regi lançou a geração nova de jornalistas. Quando fui para o Jornal O Norte,
fui para somar. Tenho uma gratidão muito grande.
João
Jorge
Vida
de coragem
O
correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e
afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem... O
mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre
iguais – ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam
ou desafinam, verdade maior. Viver é um descuido prosseguido.
(João
Guimarães Rosa)
Essa
foi a última postagem do amigo jornalista Reginauro Silva, em seu blog A Província. E ele viveu um descuido
prosseguido.
Um
vez paramos para debater sobre alguns assuntos. Confesso que perdia de goleada
para o Mestre Reginauro, homem de uma sabedoria ímpar. E me lembro que
falávamos sobre mudanças. E o Reginauro me alertava que existe somente uma
forma de o mundo mudar: é nós mudarmos
primeiro. Enquanto nos mantivermos na espera que o mundo mude, dizia ele, que
as pessoas mudem, que o governo mude,
que os políticos mudem, que a esposa ou o marido mudem, que nosso filho cresça
e mude, que nosso patrão mude, absolutamente nada vai mudar e quando algo muda, quase sempre é em nosso
prejuízo.Além disso, entre mudar o mundo e mudar a nós mesmos, evidente que é
infinitamente mais fácil mudar a nós mesmos.
Assim, não seja tolo, se quiser mudanças em sua vida, mude você
primeiro. (...)
Brincalhão
e tremendamente espirituoso, Reginauro comentava que existe apenas um motivo
pelo qual você é pobre: você não acredita que pode ficar rico. Desde a infância
colocaram na minha cabeça tantas ideias erradas sobre o dinheiro que passei a
acreditar que todo rico é ladrão ou que a riqueza é para bem poucos e
infelizmente a gente não é um dos privilegiados, e que somente no reino dos
céus terá vida boa. Assim você trabalha muito, reclama mais ainda e joga na
loteria, cedendo lugar ao pensamento mágico, já que a realidade não te dá
chances de realizar teus sonhos. Pois saiba que todos esses conceitos estão
errados. O universo é abundante e a riqueza é para todos, sem exceção. Então a
riqueza é para você e para mim também.
Pensamento
cadenciado e objetivo, Reginauro finalizou o papo dizendo que o motivo
principal pelo qual somos pobres, é que pensamos pobres. O grande problema,
finalizou o Mestre, está na mente das pessoas, nas crenças que aos poucos se
transformaram em paradigmas, impedindo que essas pessoas consigam pensar,
arrancar a fórceps velhos paradigmas que impedem o desenvolvimento e
substituí-los por outros mais adaptativos.
Neumar
Rodrigues
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DESCANSE EM PAZ AMIGO