BELO
HORIZONTE (por Ezequiel Fagundes) – A Justiça acolheu denúncia criminal do
Ministério Público Estadual (MPE) de Minas e transformou em réu o ex-secretário
de Estado de Regularização Fundiária Manoel Costa (PDT). Ele é apontado pelo
MPE como membro da organização criminosa desbaratada em setembro de 2011 pela
Operação Grilo, que contou com a participação de uma força tarefa formada pelo
MPE e pela Polícia Federal (PF).
De
agora em diante, o ex-secretário, que sempre negou qualquer envolvimento com o
esquema de grilagem de terras no Norte de Minas, vai responder por três crimes:
formação de quadrilha (artigo 288), falsidade ideológica (artigo 299) e coação
no processo (artigo 344).
Todos
com base no artigo 327 do Código Penal, que prevê aumento de terça parte da
pena quando os autores dos crimes forem funcionários públicos. Manoel Costa
também teve todos seus bens bloqueados por decisão judicial.
Além
do pedetista, a Justiça também acatou às denúncias contra outros seis réus,
incluindo os ex-diretores do Instituto de Terras (Iter), autarquia subordinada
à pasta então ocupada por Costa, Ivonei Abade Britto e Gilson Pereira Freitas.
Os
prefeitos de Indaiabira e Vargem Grande do Rio Pardo, região Norte, Marcus
Tácito Penalva Costa e Virgílio Penalva Costa, têm foro privilegiado. Na
ocasião, um pedido de prisão preventiva contra um dos réus também foi expedido
pela Justiça.
No
recebimento da denúncia, a juíza da comarca de São João do Paraíso, Aline
Martins Stoianov, sustenta que foi constatado “fortíssimos indícios de autoria
dos delitos e prova inequívoca da materialidade dos fatos”.
Segundo
a magistrada, “as condutas descritas na denúncia são graves, sobretudo porque
evidenciam um esquema grandioso e sofisticado de grilagem de terras públicas em
milionário prejuízo ao erário, tudo amparado por atos de violência e ameaça a
testemunhas”, registrou no documento. O MP calcula que envolvidos na Operação
Grilo provocaram um rombo de R$200 milhões ao erário.
A
juíza destaca a atuação dos réus em uma quadrilha criminosa organizada de forma
permanente, ininterrupta para perpetrar uma série de crimes. No caso do crime
de falsidade ideológica, Manoel Costa e os outros réus foram enquadrados 50
vezes devido ao número de títulos de legitimação de terras encontrados dentro
da casa do prefeito Marcus Tácito durante cumprimento de mandado de busca e
apreensão expedido na operação, conforme registrou o MP.
Segundo
as investigações do MP, o esquema funcionava a partir da emissão de títulos de
legitimação agrária concedidos ilicitamente pelo Iter.
As
terras, que na teoria deveriam ser destinadas aos programas de governo ligados
à reforma agrária, acabavam sob a posse de laranjas que “revendiam” as glebas à
grandes empresas.
“Toda
a ação criminosa aqui denunciada é coordenada, orientada e estimulada por
Manoel da Costa Silva Júnior, Marcus Tácito Penalva Costa e Virgílio Tácito
Penalva Costa enquanto ocupantes dos estratégicos cargos de Secretário de
Estado de Assuntos Fundiários e prefeitos”, registrou o MP em sua denúncia.
(Fonte: jornal Hoje em Dia de 1º de abril de 2012, com o link http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/ex-secretario-manoel-costa-agora-e-reu-da-justica-1.427100)
Comentários
PIOR É QUE TEM AQUELES ILUDIDOS, APAIXONADOS QUE CHORAM QUANDO VEEM ALGO DESCRITO AQUI SOBRE OS POLITICOS ENVOLVIDOS.
TEM QUE REUNIR TODOS E COLOCAR JUNTOS NA CADEIA E TODAS AS MANHAS, AMARRAREM SUAS PERNAS EM CORRENTES E LEVA-LOS PARA TRABALHAR, CONSERTANDO AS RUAS QUE FIZERAM COMO O ASFALTO CASCA DE OVO. FAZER TUDO POR CONTA PROPRIA
SE CUIDA JACARÉ