MONTES CLAROS (por Girleno Alencar) – O Norte de Minas tem aproximadamente 360 mil famílias em situação de miséria, à espera de políticas públicas para reverter este quadro. Os dados foram apresentados durante o Encontro Regional do Seminário Pobreza e Desigualdade, promovido na última sexta-feira, dia 23 de setembro, em Montes Claros, pela Assembleia Legislativa. A região concentra 40% da população socialmente vulnerável no Estado.
O levantamento da situação de pobreza do Norte de Minas foi feito pelo assistente social Luiz Wanderley Lobo, da Secretaria de Desenvolvimento Social de Montes Claros e membro da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene, e mostra que o percentual de casas com abastecimento de água é de apenas 69% e que as moradias com rede de esgoto ou fossa séptica somam 59%.
A pobreza tem reflexos na saúde. A taxa de mortalidade infantil é, em média, de 13 mortes por mil nascidos vivos. Um indicador positivo, porém, está no PSF – Programa de Saúde da Família, que privilegia a prevenção de doenças e atende a 90% da população da região.
Para Luiz Lobo, é necessária a criação de políticas para a redução da pobreza, mas as ações não podem deixar de fora quilombolas, vazanteiros, indígenas e gerazeiros, os últimos, moradores do Cerrado do Norte de Minas.
Comentários