BRASÍLIA (por Luís Cláudio Guedes) - O deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG) desistiu mesmo de buscar a reeleição para a Câmara Federal. Quer passar o bastão, como se sabe, para o filho e também petista Gabriel Guimarães. O nome de Virgílio chegou a ser lembrado por ninguém mais ninguém menos que o presidente Lula, divindade máxima do altar petista, para compor chapa com o ex-ministro Hélio Costa (PMDB), mas seu nome saiu de cena supostamente por não somar na engenharia que tenta montar palanque único e competitivo para Dilma Rousseff em Minas Gerais.
A tarefa de vice do PMDB deve ser transferida para o também ex-ministro Patrus Ananias, que, avalia os próceres petistas, teria mais condições para animar a militância do partido nas Alterosas, bastante abespinhada com o papel de coadjuvante que Lula determinou que cumprisse e que representa perda de oportunidade histórica para os planos da sigla de chegar ao Palácio Tiradentes.
Mas Virgílio não vai ficar na planície. Deve ser candidato a suplente na candidatura ao Senador do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. Virgílio mira, na eventualidade de Pimentel ser eleito, uma possível saída do ex-prefeito para ocupar cargo de ministro em um também eventual governo Dilma, hipótese em que chegaria ao Senado em surpreendente up-grade na carreira. A aposta dos mineiros é de que os recentes desgastes de Pimentel na história do tal dossiê contra tucanos não abale a longeva amizade, agora cantada em prosa e verso, entre o ex-prefeito e a preferida de Lula, forjada em laços de indestrutível vigor ao tempo em que militaram juntos na resistência à ditadura militar.
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