18 DE MAIO: POR UMA SOCIEDADE SEM MANICÔMIOS
* Texto: Érica Ramos da Cruz
O Movimento Nacional da Luta Antimanicomial busca a integração, o resgate à cidadania e o bem-estar biopsicossocial das pessoas com sofrimento psíquico e a garantia do aceso à liberdade, igualdade e justiça.
Em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, surgiu no mundo uma nova proposta para denunciar e corrigir os modelos de tratamento que, ao longo da história, se mostraram ineficazes e desumanos, praticados nos espaços manicomiais: a Reforma Psiquiátrica. No Brasil, essas ideias culminaram na Luta Antimanicomial, cujo marco fundamental foi o Congresso de Trabalhadores de Saúde Mental em Bauru, em 1987. Atualmente, este movimento está presente em todo o país, sendo Minas Gerais um destaque neste contexto. Em 2001, ganhou força e legitimidade com a aprovação da Lei Federal 10.216 – Lei Paulo Delgado.
A Luta Antimanicomial tem como objetivo central o fechamento dos hospitais psiquiátricos. Todavia, essa proposta não tem o intuito soltar os doentes nas ruas ou simplesmente devolvê-los às suas casas, abandonando-os à própria sorte. O lema é: “Cuidar, sim! Excluir, não!”, criando serviços substitutivos que propiciem assistência humanizada, de modo a garantir que não percam seus laços de afeto e tenham a possibilidade de inserção na sociedade. Vale dizer que o apoio da família, dos amigos e da comunidade é essencial no processo de recuperação.
E para alcançar objetivos favoráveis a esse movimento, profissionais de várias áreas, usuários de serviços de saúde mental, familiares, estudantes e outros organismos sociais vão às ruas, todo 18 de maio: DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL, disfarçados de si mesmos, para lutar contra a exclusão e a violência sofridas nos espaços manicomiais.
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